topbella

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Capitulo 62 - O acidente de um, pesadelo.

... A vida como ela é, vivida mesclada a lembranças tristes de um único dia.. Ao final ‘dele’ o que esperar?!.. Sonhos ruins?. .. É, certamente não parece ser o melhor presente a se receber após uma longa jornada, não é mesmo? .. ''Sonhos''.. Tanto ruins quanto bons.. As vezes nem tão bem vindo quanto pensam.. Cruelmente planejados por nosso inconsciente.. Trazendo a partir de imagens, recordações de uma vida. .. Com a grande e principal ajuda da memória, projetando todos aqueles fatos já vividos.
Mais afinal, quem ai nunca teve um ‘mero’ pesadelo, que atire a primeira pedra?! ...

- NÃO! PARA! – De rosto inchado e pupilas dilatadas, Roberta sentava-se bruscamente sobre a cama. – EU NÃO QUERO MAIS! NÃO QUERO PENSAR MAIS! – Ela unhava desesperadamente seu couro cabeludo. – CHE.. Chega!.. – Rendendo-se novamente ao forte choro, Roberta debatia-se em meio aos lençóis. – Para... Por favor.. – De lagrimas descontroladas, ela relembrava cada momento de seu mais difícil, dia. -.. Palavras reais, briga real, abandono real.. Tudo.. – Roberta mantinha seu respirar fundo, firmando os ouvidos. –.. Eu.. Me tornei frágil.. Você quem fez e faz essa parte da minha vida, se passar como uma grande mentira!– Ela inclinava-se sobre os joelhos. -.. Olha só o que fez comigo! – Ela jogava a baixo uns dos tão poucos pertences trazidos de sua antiga cama. – Já o acidente eu.. Isso não.. Isso não vai.. Não pode acontecer mais. .. –Acompanhada de suas mãos tremulas, ela alisava o rosto ‘recobrando’ a consciência. -.. Die... – O inconfundível perfume era perfeitamente inalado por ela que já se encontrava abraçada firmemente a um de seus travesseiros. – Diego? - Ela enxugava com a barra da blusa, seu rosto molhado. - Só de.. Você que eu preciso, faz tudo passar? – Deixando a calma no coração instantes depois após seu despertar que mais parecia ser, ‘uma experiência revivida’, ela sentia um dos pés tocar o macio carpete a procura de seu mais doce e necessitado remédio. – É você que tá ai? – O começo de um temido ‘ruído’, chamava sua atenção.

- ... Viu como eu sei o que fazer?.. Sem ninguém em casa... Eu fiz dela? A trouxa do ano! – Ela sorria irônica. – ‘’Olá sou Daiana! .. Muito prazer, amante do seu ou não mais, Pedro Costa!’’ – Diana imitava perfeitamente a voz feita por ela, algumas horas atrás. - Idiota! Caiu feito um pato! – Batendo palmas pra si, ela pulava sobre a cama. – Foi mais fácil do que eu pensava! Tirei pirulito da boca de cinderela! – Tudo a sua volta era jogado ao alto. – ..‘’Sua maninha te abandonou, por que assim como você, nem mesmo ela suportava seu modo de ser e agir!’’ – Sínica, ela fazia com que a pior de suas gargalhadas ecoasse por seu quarto quase que, vazio. –.. Imbecil Albuquerque.. Ora, ora, ora.. Não é que eu consegui te derrubar? – Satisfeita com o sucesso de seu plano, ela passeava em meio ao espaço empoeirado. – E mesmo sem você aqui.. Pude realizar muito bem meu trabalho, não? E o melhor de tudo? Sem ela aqui pra me dizer o que fazer! – Seu semblante inundado ao sarcasmo, desaparecera no segundo que se lembrava dela. – Desgraçada.. Bandida! Estou farta de ser mandada pelos outros! De sem pisada por vocês! - Adentrando o corredor ela passava a mão a um dos porta retratos. – Já passou da sua hora, Lorena... – Sem nem piscar, ela observava de perto seu impresso e falso sorriso. – E não podia existir quem te odiasse mais nesse mundo do que, eu.. – Com umas das mãos, ela alisava calmamente a foto. –.. Quero que saiba que também sei ser quem nunca fui.. Até por que, além de devastar a vida dos outros... Recebi o dom de ser automaticamente amada e compreendida por muitos.. Enquanto ele não poder estar por aqui novamente.. Lutando por quem de fato é dele.. Pode ter certeza de que farei isso por ele.. Então o que acha de começarmos tudo de novo? .. - Ela respirava fundo, de sorriso torto nos lábios.- Diana Araújo, muito prazer.


A escuridão saltava aos olhos. ..
– Diego! – Próxima à porta, ela percorria as mãos pela bem feita parede de sua suíte. – Só não se esconde de mim numa hora dessas.. – O interruptor era pressionado. – Fala comigo! - Chegar o outro lado naquele estado, não mostrava ser nada fácil. - Não... Você.. Não faria esse tipo de brincadeira agora.. – Ela franzia o cenho. – Ou faria? – A toalha caia ao chão. De pés descalços e inseguros, em busca de ‘luz’ Roberta se retraia ao ver inesperadamente a luminosidade do apartamento. – Diego chega! Eu acabei de acordar de um pe... - Em passos largos, ela olhava ao redor boquiaberta, a cozinha e a sala mostravam-se, vazias.

-..Problema é seu!.. Não eu não me importo onde e como você vá dormir!.. Ah! Já deixou ela em casa?! Ah não, na casa das amigas! Sua mãe saiu com o J.. Faz o seguinte? Se vira! Que eu sim, to cheia coisas pra fazer, ok?! E não Tomás, eu não posso te explicar agora!.. Não.. Não! Eu não to brava com você!.. Decepcionada, serve? .. Como assim eu não sou capaz de te entend.. Olha quer saber? Você faz o que bem quiser da sua vida! .. Quer fazer showzinho, escândalo? À vontade! .. To a fim de desligar, pode ser ou tá difícil? .. Pode me fazer quantas quiser, não vou mais te responder! Alias? Fala com espelho, assim você escuta tudo o que sempre quis ouvir! - Distante dos quartos, corredores e até mesmo mesas de jantar, Carla mantinha-se trancada na lavanderia desde o inicio da chamada. - Droga! - Por segundos, ela permanecia com uma das mãos unida à testa. De frente ao aparelho, ela apreciava sua lista de ''contatos''.
Enviar sms para Roberta Messi. / Digite seu texto aqui.
''.. A controlei com uma dose media de calmante.. Me parece que.. Aquela não era nem nunca foi nossa Lice...'' - A metade da frase era apagada pela primeira vez, após a cabeça sem esperar protestar com seu balançar negativo.
''.. Uma dose media de calmante a fez voltar a terra.. Assim que tivermos o raiar do dia.. Sairemos daqui imediatamente.. Ah eu, não consegui falar com o Pedro, só cai na caixa.. Bom agora ela dorme.. (...) - CARLA! - Apesar da distancia, ela ainda podia ser ouvida.
Ou pelo menos dormia..''
Enviar. / Enviando... / Confirmação de entrega.
-To indo!
Deixando o copo d’agua sobre a bancada, ela logo refazia o coque frouxo um tanto quanto desajeitado, mais mantendo de uma vez e toda, seus fios rebeldes unidos. O celular sobre o criado mudo no quarto vibrava sutilmente enquanto piscava pelo menos três vezes, o visor.
‘’Nova mensagem, Carla Ferrer.’’
Naquele mesmo instante, como seu cabelo estava ou deixaria de estar, não interessava mais. Na entrada principal, o aflito virar da chave insistia em lhe dizer que qualquer problema ganho, iria sim por algum momento, passar.
– Graças a Deus... – Ela corria emocionada a seu encontro. - Vem cá meu anjo.. Vem cá... – Com ela nos braços, ele a prendia no peito respirando fundo.
- Tem alguem aqui! Acenderam as luzes! - Ele apertava seu corpo contra o dele, beijando seus ombros. - Agente tem que.. Diego.. Eu não sei como eu.. Consegui aguentar e... – A segurando pela cintura, eles se olhavam nos olhos.
- Te machucaram? Deixa eu te ver... – A vendo lutar contra as lagrimas, ele beijava o topo de sua cabeça.
- Deu tudo errado!.. – Roberta perdia a devida força das pernas, entregando-se ao desabafo.
- Oque fizeram com você? Agente tá aqui um pro outro lembra? Não me esconde nada.. – Ele a trazia pra si novamente. – Por favor...
- O acidente Diego! O pesad.. Não deixa pelo amor de Deus! De novo não!
- Que acidente? Roberta! – Devido aos constates aborrecimentos, ela revirava os olhos o deixando desesperado. – Fala comigo! Roberta! – Ela chorava descontroladamente. – Ei minha menina.. – Ele a pegava nos braços, indo em direção à suíte. – Olha pra mim.. – Ela gritava o choro de mãos no rosto.
- A briga, ela.. - A deitando lentamente, Diego a aconchegava junto a ele.
– Shi.. Eu vou te acalmar... Te proteger.. Mimar..

- É que.. – Ele unia carinhoso seus lábios nos dela.
-.. Vai ficar tudo bem meu amor.. Meu dia também não foi nada fácil longe de você.. Não precisa falar nada agora.. Mais quando estiver pronta.. Eu estarei aqui ao seu lado, disposto a te dar de volta suas forças perdidas... - Com a cabeça entre seu pescoço, Roberta chorava forte mais uma vez.
- Não.. Me deixa sozinh..
- Nunca mais.. - Ele a ninava nos braços, acariciando suas costas. - Nunca mais.. Deixa eu te acalmar.. To aqui com você.. Sempre.


- Boa noite, em que posso ajuda-lo? – A atendente de cabelos lisos acompanhada do pequeno lenço no pescoço, esbanjava àquela hora da noite, sua estrema simpatia.
- Olá, bom.. – Ao lado do balcão, Pedro repousava a mala. – Passagem ainda hoje pra qualquer lugar que seja com destino ao nordeste.. É possível?
- Vou consultar, só um minuto, por favor. – A moça de crachá preso um pouco abaixo dos ombros, mostrava dizer que atendia pelo nome de ‘’Ana’’. – Senhor?
- Sim. – Disperso, ele voltava ao foco de antes.
- Nos desculpe de acordo com nosso sistema as duas ultimas que restavam foram vendidas a pouco mais de cinco minutos.
- Droga. – Ele sussurrava. – Mesmo assim, obrigado.
- Mais não a nada que possamos fazer? Somente hoje nossa companhia está fazendo uma promoção incrível! Não quer dar uma olhada? – ‘Amigável’, ela via a tristeza estampada em seu rosto. – Bom quem sabe possa ser de seu interesse também. – Ela entrelaçava as próprias mãos, cruzando as pernas.
- E pra qual lugar seria?
- Ao que me consta, lugar o qual vejo muita pouca gente desistir.. O que me diz sobre uma estadia na França que logo intercala a uma ida a Suíça?
- Eu diria que não há lugar pior a se passar qualquer tipo de férias.. – Alguns dos passageiros que aguardavam na fila, se entre olhavam abismados com o comentário. – Então, infelizmente farei parte desses poucos que você costuma ver..
- Mais senhor! Acho que podemos resolver de alguma outra forma! – Apoiando os braços sobre o balcão, Ana como uma excelente funcionaria tentava o manter ali, outra vez.
- Agradeço a compreensão! – Acenando, Pedro seguia adiante sem nem olhar a frente da direção dos passos. – A culpa não foi sua isso eu garanto! Me vir.. – O esbarrão inevitável, veio então a calhar. – Me desculpe! Poxa eu acabei nem vendo você e..
- Olha só o que você fez! Minha blusa novinha! Podia fazer o favor de.. – A bela moça de olhos castanhos e cabelo ruivo encontrava seus olhos e perdia a fala.
- Não foi minha intenção e eu.. Se você quiser eu.. – A mochila escorregava por entre seus braços. – Vamos até uma loja próxima e eu compro ou pago seu prejuízo.– Ele coçava a cabeça. – As ultimas horas não me foram muito convidativas e...
- Calma! – Extrovertida, ela jogava os braços ao alto. – Respira vamo lá! –Eles riram com ela ainda segurando o copo, que continha o pequeno resto de suco mais parecendo ser, de uva. – Não vou negar que seja a minha predileta mais.. Imprevistos acontecem! Além disso, nem nos apresentamos pra dai sim começarmos a falar de negócios!– Analisando seu sorriso, ele voltava à consciência ao púbico e lotado aeroporto.– Bom, a uva ambulante aqui se chama, Carolina.. Carolina Melo. – De mãos melecadas, ela estendia a mesma até ele.
- Já o desastrado, Pedro.. Pedro Costa. – Se olhando profundamente nos olhos, eles assentiam um ao outro enquanto perdiam a noção do tempo que haviam se tocado.
- Gostou do novo jeito de cumprimentar? – Ela corava, envergonhada. – Suco as vezes não é tão bom assim, né?
- Ah, desculpe.. – Ele se retraia.
- Não que isso..
- Mais e você.. Embarque ou desembarque? – Sem graça, ele puxava assunto.
- Chutada.. Hum, serve? – Eles caminhavam até um espaço calmo, próximo.
- Como assim chutada?
- Bom, em resumo minha frustação é que.. Comprei feito boba duas passagens e.. Meu namorado simplesmente terminou comigo por telefone.. – A cada três ou mais palavras, ela jogava parte dos cabelos de um lado e outro. – E cá estou eu sem rumo.. E muito menos astral pra sei lá o que fazer da minha vida ou enfrentar minha grande e planejada férias, sozinha.
- Acho que não foi por acaso que nos esbarramos então.. – Eles sentavam-se lado a lado.
- Não? – Ela franzia o cenho.
- Acabei de descobrir que foi a senhorita quem comprou meus sonhados dias no nordeste!
- Serio? Ei! Não tive culpa, ok? – Eles riam. – Se bem que a moça disse que eram as duas ultimas!
- Somos dois sem rumo então.. – Ele avistava uma das grandes maquinas aterrissando na pista logo em frente.
- Mais com uma única certeza.. – Ela o despertava. – Sem chance que eu vou deixar você desistir do seu sonho..
- E o que você tá querendo dizer com is..
- Partiu fazer ficar aqui qualquer dificuldade e simbora curti nossas férias no nordeste?

Dormindo em meio a seus braços, Roberta já não aparentava mais a expressão desesperadora de alguns minutos atrás. Diego havia conseguido trazer de volta, a respiração serena que ao lado dele, ela mantinha. Alisando seus cabelos e pondo parte dele atrás da orelha, ele admirava seu rosto aliviado, afinal mesmo que ainda não soubesse ao certo o que tinha se passado por ali, ele a tinha por perto e isso? Era o que realmente lhe importava. .. Luzes, acidente, briga.. Foi isso que a ouviu dizer mais.. E a explicação? Viria logo, ao menos isso tinha certeza.
- Eu te amo.. Tanto, mais tanto.. - Ele sussurrava percorrendo seu rosto pelo dela. - ..A sua beleza rouba a minha razão.. E te ver sofrendo é como me ver ferido.. - Ele beijava demoradamente o canto de sua boca. - Deixa eu ver logo seus olhos brilhando pra mim de novo minha vida.. Faz todas as minhas dores desaparecerem por apenas ver um sorriso teu.. - Apoiado pelo cotovelo, com o dorso da mão ele deslizava por entre sua bela face. - Minha Roberta... - Após mais um beijo no pescoço, Diego levantava-se cuidadosamente na esperança de seguir em direção ao próximo banheiro. Porém frente a seus pés que tocavam já podiam tocar o carpete, o fino papel branco de letras marcantes, destacava-se.
''Ass, Eva Messi.'' - Com as sobrancelhas arqueadas, ele agachava-se rapidamente.

Continua...

0 comentários:

Postar um comentário

Minha foto
Florianópolis, Santa Catarina, Brazil
Bem vindos a Web Novela Roberta e Diego. Viaje junto com agente na historia desse grande amor. Escrita por Gabriela Medeiros & Stefane Barcelos.