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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Capitulo 47 - 'Seu apoio é fundamental'.

No fiel e velho escudeiro, eles se escondem... E como já era de se esperar... Eles ainda se entre olhavam confusos e completamente indignados com a fina moça de nariz empinado. Firme sobre seu salto agulha, ela insistia na irritante luta de dar ou não seu braço a torcer.
- Foi isso mesmo que ela me disse?! Você fez isso? – A agressividade era evidente em cada atitude que ele tomava. – Você foi muito, muito burra menina! – Ele olha pra si abismado, nem o próprio acredita na força de seus braços que acabara de joga-la contra cama.
- Isso que da se meter com criança! – A mulher ao fundo também se revolta.
- Olhem bem como vocês falam comigo, ok?!
- Não era pra dar tão na telha assim... NÃO ERA! – A voz finalmente se altera.
- Oque eu disse pra você, em? ME FALA! – A caminhada até a cama é rápida, e o puxão de cabelo a trazendo junto de si é inevitável. – REPETE! OU FALEI GREGO?!
- Começar co..com as ameaças junto a faculdade. – As palavras saiam como se estivessem em pedaços e o nervosismo era evidente... Afinal com quem a garota havia se metido?
- E o que você acha que fez ignorante?
- Eu... Eu to com ódio! – Os cabelos escorrem até a face com o balançar involuntário. – Principalmente daqueles dois... – Os dois a encaram sorrindo irônicos. –... O super herói e a amada mulher maravilha! Eles merecem sofrer cada vez mais... Todos eles!
- Ata! E agente deseja oque? Felicidade?!
- Escutem bem o que eu vou dizer... – Ela se levanta agora sem mãos alheias. – Vocês ainda vão comer na minha mão.
- Isso foi uma ameaça? – Com mais dois passos, ele se posiciona frente a ela.
- Entendam como quiser! – A fúria gritava dentro do olhar que pelos milésimos que seguiram os encarava com ar de superioridade, agora já sem demostrar medo. Dito o que tanto tinha custado a dizer, ela bate a porta fortemente os deixando a sós novamente.
- Garota abusada! – Tomando um susto inesperado com o ranger da cama, ela se senta.
- Algo me diz que ela pode atrapalhar nossos planos...
- Insistindo sempre em colocar o carro na frente dos bois! – O olhar dela acompanha seus passos em volta ao quarto.
- Precisamos nos concentrar e fazer essa menina baixar a bola... Quem ela pensa que é?
- Você quer mesmo que eu te responda? – O ‘braço’ da poltrona já havia cansado de ouvir seus dedos estralarem sobre seu rude tecido... Diante da sua raiva, ele ainda tinha muito que aguentar...

O ultimo andar finalmente chega... Junto com a ansiedade que corria solta dentro dela. Os pés são postos pra fora, um por vez ainda estremecidos...
Era como se meros minutos, tivessem se tornado grandiosos anos dentro de um local consideravelmente apertado envolvido por quatro ‘paredes’.
A cada passo dado, um olhar pra trás era lançado... As recordações tomaram conta de todos os seus sentidos... A fazendo esquecer até de si mesma...
A primeira vez que vieram ali, jamais seria esquecida... Marcando de vez a vida de ambos...
‘’... Eu sei que é simples, mais... Vai se tornar especial... ’’ – E as mãos já seguravam a grossa maçaneta.
Lá dentro, alguém sentado no chão resmungava com a cabeça apoiada nos braços firmados sobre os joelhos.
Ele havia perdido as contas de quantas vezes ouviu a voz desconhecida lhe repetir as secas falas outra vez... E outra vez... E outr... O vida... Por que tudo parasse ser tão difícil quando não se é na verdade?! ...
As mãos passeavam aflitas e o coração resolve então não esperar mais... Livrando o sincero desabafo sufocado dentro dele por tantos dias...
‎- Queria te ligar agora... Queria te ter ao meu lado nesse instante... – Escutando sua embargada voz, Carla abre a porta lentamente atenta. – Queria te pedir desculpas por implicar com coisas tão pequenas, queria-te dizer que fui um bobo e que não pensei em nada do que eu disse... Queria você aqui só pra ouvir sua voz, queria que você viesse pra consolar o meu choro. Queria que você soubesse o quanto me arrependo de ter sido tão ingênuo nas palavras, e arrogante nas atitudes. Queria poder te dizer tudo que eu ainda não disse e te contar que... Ainda te amo muito...
– E a lagrima rola pelo lado esquerdo do rosto.
- Faço das suas, minhas palavras... – Antes de ouvir tudo aquilo, ela havia controlado seu choro... Mais a partir dai seria uma missão quase impossível.
O suave toque nos ombros o faz fechar os olhos e inspirar o belo perfume que por ali já exalava. – Você... Veio... – Ele então se surpreende.
- Nunca deixaria de te procurar... Muito menos de te amar... – Ela agacha frente a ele. –... Que susto que você nos deu... – Ele permanecia de cabeça baixa. -... Tomás, perai... Que isso aqui no seu rosto... – Oque era pra ser um simples tom de pergunta sai como uma certeira afirmação.
- Nada... – Ele se esquiva.
-... Deixa eu ver... – Os joelhos encostam ao chão e as mãos seguram o rosto dele delicadamente. – Que isso? Você... Você levou uma surra?
-... Eu queria... Bom eu fui atrás de provas pra poder te mostrar que eu não tava mentindo...
- Mais você... Tá machucado... – Ela o acariciava mais paciente.
- A louca gritou aos quatro quantos que eu tava querendo... Ah você sabe e logo um bando de carinhas mal encarados veio na minha direção... Eu juro que eu vi o Pedro do outro lado da rua, mais... Nessas horas nem sabia que minha voz ainda existia...
- Você... Você pego bem a cara deles? Agente pode denunciar na delegacia.
- Eles estavam todos de mascaras... E ela?! Com uma peruca ridícula! Parecia que eles tinham certeza de que eu iria até lá...
- Vem eu... Eu vou te levar até o chuveiro e... – Colocando seu braço em volta do seu pescoço, Carla o ergue sem muita dificuldade.
- Me da banho?! – Ele sorri malicioso.
- Calma lá né Tomás... Eu disse que ia te levar até lá... Não são assim que as coisas funcionam.
- Ah não é assim? – Ele encara sua boca. – Então é assim!
- Agente precisa conve... – Os lábios se calam com a força do beijo que junto vira um abraço apertado. – Meu menino...
- Menino?! – E o bico manhoso ganha forma rapidamente.
- Tá, tá bom... Meu velhinho.. – Em meio a sorrisos, o beijo os une novamente.

A sala de espera lotada, da espaço pro casal passar de mãos dadas.
- Eu acabei roubando seu tempo, já era pra tá aqui faz tempo...
- Claro que não meu amor... Você é prioridade na minha vida... – A mão dele desliza sobre o rosto dela que sorri.
- Diego Maldonado? – O medico que segura à prancheta se aproxima.
- Olá, boa noite. – Ele o cumprimenta percebendo aonde a atenção dele realmente se encontrava, estudando Roberta de cima abaixo.
- Sua esposa? – Ele aponta na direção dela, que logo sente as maças do rosto queimarem.
- Bom... – Abraçando ela de lado, ele a olha risonho. – Daqui uns anos com certeza... – Roberta abaixa a cabeça envergonhada, sem tirar o largo sorriso que surge em seus lábios.
- Ah me desculpe... Namorada então? – A curiosidade do ‘jovem’ medico obriga Diego deixar claro, como agua cristalina o que ela então representa em sua vida.
- Minha amada, minha linda, minha namorada, minha mulher, minha esposa, minha vida, meu anjo... A futura mãe dos meus filhos... – Ela o olha radiante. – Ela é minha... – Roberta fica de costas pro rapaz unida no abraço aconchegante do namorado que continua agora o encarando serio. – Minha... Meu amor... – Nos seus braços, ela gargalhava em pleno cochicho.
Após o belo discurso, as merecidas palmas dos que ali estavam presentes são ouvidas.
- Acho que ele já entendeu né amor?! – O sussurro chega provocante, acompanhado de uma mordida leve.
- Agora ficou claro? – Ele a coloca do seu lado segurando firme sua mão.
- Claro... Desculpe-me pela indelicadeza. – Ele a olha ainda abismado, Roberta era sim uma bela mulher.

- Tem como olhar pra mim quando tiver falando? – Ele cruza os braços franzindo o cenho.

- Diego! – Mordendo o lábio inferior ela o repreende segurando o riso.
- Que foi amor? – Ele continua o encarando enquanto fala. – Quer saber?! Vem... Vamos.. – Diego a puxa seguindo adiante.
- Só um instante... É... Tenho que te encaminhar até...
- Tenho certeza que uma pessoa mais centrada ao trabalho me auxilia. – Roberta olha o namorado de queixo caído, o orgulho que sentia dele naquele momento era maior que qualquer coisa.
- Isso que dá ficar secando a mulher dos outros... – Um senhor que passava sentado sobre uma cadeira de rodas faz todos ao redor caírem na gargalhada.
- Eu... Eu só.. – Ele tenta se explicar diante de tantas especulações.
- Que coisa feia! – Uma senhora também se intromete colocando aos ares sua pratica bengala.

- Da próxima vez seja mais discreto!
- Eu só estava admirando a beleza dela... Não vejo nada de errado nisso! – Em meio a passos dando o fora descaradamente dali, ele sorri irônico.

- Com licença... – Ela abre a porta sutilmente o vendo brincar com as mãos. – Posso entrar?
- Claro que sim querida... Seja bem vinda, Roberta. – Leandro a deixa surpresa logo na primeira impressão, por dizer assim tão de repente seu nome sem ao menos ainda ter olhado em seu rosto.
- Nossa como... Como o senhor sabia? Nem tinha me visto ainda... – Enquanto fala, ela fecha a porta.
- Cadê o meu... Cadê o Diego? Ele não vem me ver hoje?
- Ele veio sim... Foi conversar com os médicos... Daqui a pouco tá de volta... – Em frente aos pés da maca, ela o olha intrigada.
- És uma mulher encantadora... Simplesmente iluminada... Consigo ver daqui o brilho ao seu redor. – A sinceridade em cada palavra que saia de sua boca, era escrachada de todo o modo em seu semblante.
- Obrigada. – A mecha de cabelo que invade sua face é rapidamente colocada pra trás da orelha ainda sem graça.
-... Ele vai precisar muito de você... O seu apoio é fundamental. – Ele parecia prepara-la para algo que viria a tona a qualquer minuto.
- Como assim? Do que o senhor tá falando?
- Você já vai saber. – Os olhos apertados e o cenho franzido mostram o ar de confusão que caia sobre ela, enquanto ele tinha certeza em cada palavra pronunciada.



- Então... Por que vocês me chamaram até aqui? – Diego entra, fechando a porta do gelado espaço em seguida.
- Sente-se. – O velho medico aponta a cadeira frente a ele.
- Não me diga que... Por favor, não é nada gra.. – O nervosismo quase nem o deixa flexionar os joelhos.
- Acho melhor ver você mesmo... Nem sabemos ao certo o que lhe dizer neste momento. – Um pequeno envelope é estendido até ele.
- Oque é isso?
– Leia. – A equipe o olhava assustada ao redor da mesa redonda. Diego por sua vez rasga a lateral do papel os olhando desconfiado, trazendo a folha principal pra si.
Não sabia o que tudo aquilo tinha a lhe dizer... Só esperava que não fossem mais problemas...
Os olhos logo se fixam e se arregalam ao ler uma pequena frase.
- Oque significa isso? – O olhar já parecia nadar em lagrimas. – Você... Vocês tão... Curtindo com a minha cara? É isso?! – Ele se levanta bruscamente.

Continua...
 

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Florianópolis, Santa Catarina, Brazil
Bem vindos a Web Novela Roberta e Diego. Viaje junto com agente na historia desse grande amor. Escrita por Gabriela Medeiros & Stefane Barcelos.