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sábado, 22 de setembro de 2012

Capitulo 60 - Machucar? Machucar Roberta Messi?

... Uma ligação.. Já parou pra pensar no poder absoluto que ela carrega? .. É incrível como aquela voz lá do outro lado da linha, pode te fazer muitas vezes entender ou até enxergar além do que seus próprios olhos podem ver, não é mesmo? .. O ponto fraco é tão destruído, que você acaba que formando um modo, jeito, conceito.. Tudo que se encaixem perfeitamente as falas... O que te faz logo descontar na primeira pessoa ou objeto em frente.. Falando, gesticulando ou encenando tudo completamente tudo que consequentemente você irá se arrepender mais rápido do que imagina. ..
- A tapada aqui sabe de tudo, ok? – Ela dizia aos prantos. – Vocês ainda assim vão querer me fazer de idiota? – De frente ao estado da amiga, Roberta passava as mãos desajeitadamente pelo rosto. – Vocês perderam a chance de chegar mais rápido! ‘Daiana’ ligou primeiro! – Mais um porta retrato ‘inocente’ encontrava o chão, violentamente. – O Pedro? – Dentre os estragos, havia o precioso tempo da risada irônica. – VOCÊS NUNCA VÃO ENTENDER O QUE EU TO SENTINDO! .. – Ainda que chorando muito, seus soluços não deixavam de atrapalhar seu desabafo. - ODIO!
- Alice.. – Carla tentava a aproximação. – Vamos permane...
– NÃO! – Roberta seguia respirando forte. – De uma vez por todas, ele não é aquele herói que vocês pintaram! – A cortina antes perfeitamente estendida e arrumada, agora acompanhava o escorregar de seu corpo unido à parede. – .. Sabe o que é mais confortante? – Alice perdia sua noção de força a cada móvel que por ela era socado. – É que numa hora dessas, ele deve tá por ai! – Diferente de Carla, Roberta vinha decaindo seu grau de paciência. – Enquanto vocês amiguinhas inseparáveis em vão, vou repetir em alto e bom tom pra quem quiser ouvir.. – Ela murmurava raivosa. – EM VÃO! Tentam tiram da minha cabeça, a imagem quem eu demorei horas pra construí imaginando o beijo que...
- CHEGA! JÁ CHEGA! – Atônica ela tirava a amiga do chão, bruscamente. – Você vai parar com isso me ouviu bem? – Assim como Alice, próxima a porta Carla arregalava os olhos. – OUVIU? – Ela a sacudia. – Não é pra gente que você tem de se explicar! Não é pra mim que você deve satisfação! – Farta de seus ‘surtos’ ultimamente sem pé nem cabeça, ela logo a lançava sobre a cama.
- Amiga.. Reagindo assim você só fa.. – Assustada, a mais serena das três tentava enfim amenizar a situação.
- Não Carla! – Ela ‘explodia’. – Ligação, ameaças.. É só nisso que ela acredita!
- Tudo! TUDO! – Ela voltava com a gritaria. - O que ela falou é a mais pura verdade! – As mechas do cabelo, caiam em meio ao rosto ‘molhado’. – Eu que fui burra o bastante pra não enxergar tudo cedo o suficiente!
- O Pedro não tem nada a vê com isso! É mentira Alice! – Vendo a alteração das duas, Carla esclarecia sua opinião de uma vez por todas.
- Além de mimada, o que mais você quer ser? – Nervosa, Roberta esfregava a cabeça. – É a mesma garota do e-mail! É a mesma que rondou o Tomás e o humilhou junto de uma gangue! – Ela a observava se encolher sobre a bagunçada cama. – Quais são as outras conclusões que você quer que eu ‘vomite’ pra você?
- Não vai atrás dessa gente, eles só querem nos ver infelizes, será que você não entende? – Carla mantinha a serenidade, porem sem deixar de estar seria.
- É SÓ MEU PAI! – Arrancando os lençóis ainda que bagunçados mais antes firmes sobre a cama, ela voltava ao ‘chão’.
- Te deixou presa na torre? É essa eu já sabia!
- E oque tem ele?! – Carla também reagia. – Ah claro! O suposto fato de ele ter tido algum dedo metido nessa historia de ligação, não iria me surpreender nem um pouco!
- QUEM SÃO VOCÊS PRA ME DIZER NO QUE PENSAR? – Sua reação foi pior que o esperado. – QUANTO A VOCÊ? – A mão tremula apontava diretamente nela. – NÃO AMA NINGUÉM, ALÉM DE VOCÊ MESMA! – Ela ‘unhava’ o próprio rosto. – Me abandonou aqui sozinha pra viver uma aventura ao lado..
- Parem vocês duas, pelo amor de Deus! – Entre elas, Carla estendia a mão em missão de paz.
 - OQUE EU FAÇO OU DEIXO DE FAZER, MINHAS ESCOLHAS! – Elas se encaravam em meio à ira. – NÃO TE DESRESPEITO! – Após o suplico da amiga, ela prometia em vão o resgate a calma.
- Faço das suas.. – Alice olhava um instante ao chão antes de procurar seus olhos novamente. – Minhas palavras.. Alias? Olha bem pra você... Já se olhou bem no espelho? Digo não físico e sim a alma.. Sabe alma? JÁ OLHOU BEM PRA VOCÊ? – Roberta sentia o sangue ferver. – Se acha no inteiro direito em dar palpite na vida e opinião dos outros, não é mesmo? Ok! Então aqui vou eu! – Ela bateu forte suas mãos uma única vez. – Preparada? Mais preparada mesmo? – Ela cruzava os braços por um momento. – Tenho medo de te machucar... Opa mais perai! Machucar? Machucar Roberta Messi? Não, não! Está completamente enganada Alice Albuquerque!
- Alice, chega disso! – Ela interveio mais uma vez. – Vocês estão nervosas, agente te tira daqui, eu passo uns dias com você e.. – Seu desejo e voz pareciam mesmo passar despercebida.
- Preciso jogar na sua cara, tudo! Todas as coisas as quais sempre quis!
- Não Carla, pode ficar tranquila! Até por que agora eu fiquei louca pra saber! – Uma parte do cabelo, era então deixada atrás da orelha.
- Você é uma fraca! Perdeu sua personalidade há muito tempo! – Ela lhe estendia a mão, estalando os dedos. – Pra ser bem mais clara.. Desde aquele acidente!
- Para de falar! Quem vai dizer chega aqui e agora sou eu! Você tá passando de todos seus limites! – Carla a trazia pelos braços. – PAROU A PALHAÇADA!
- Desculpa se só você tem de ser o centro das atenções! – Seu rosto ardia.
- Sabe que me pergunto até hoje oque você não deve ter feito.. – Ela tentava a todo o custo se desvencilhar da amiga. – Que me consta.. Aquele traste se apaixonou por você, não é mesmo?
- Olha aqui! – Ela aproximava-se bruscamente.
- EU SOU SÓ UMA AQUI! PAROU! CHEGA! – Ao vê-la largar rapidamente Alice, Roberta já podia sentir as firmes mãos de Carla sobre sua cintura. – Não faz isso! Eu não vou deixar!
- Só eu pude ver seu sorriso quando descobriu...
- CALA BOCA!
- O destino arrancou de você sua grande e única chance de provar pra si, que não serve pra nada!.. – Alice a olhava de cima a baixo, indiferente. – Nossa! Ele consegue ser cada vez pior.. Escuta só tenho uma lista! - A cada piscar uma lagrima doída e repleta de lembranças tristes, era enfim derramada por ela. - Sequestro, acidente, perseguição, deixa eu vê se não esqueci de alguma cois.. Ah mais é claro! O prato principal! Sua semente evaporada da barriga! .. Cá entre nós?! Ele não podia ter feito uma escolha melhor, não acha? Como disse, você é incapaz de fazer ou amar qualquer coisa! Quanto mais em ser MÃE! Por que vamos e viemos, não é mesmo?! Ninguém consegue imaginar uma cena dessas! - Ela sorria irônica. - Você recebendo o titulo de ‘melhor mãe do mundo’.. - Ela movimentava as mãos como se mostrasse um 'arco-íris'. - Já parou pra pensar? Coitado do Diego.. – As palavras friamente ditas adentravam seus ouvidos como uma afiada faca fincada ao peito.
- O que.. O que foi que você disse?

- Aranha, barranco, buraco, gritinhos... – Histérico, ele pronunciava tudo quase que ao mesmo tempo. – Será que eu podia ter sido mais ridículo? Tá, nem precisa responder! - Em alguns segundos de silencio, ele recostava a lateral da cabeça em meio ao vidro. - Só queria deixar claro que eu topo qualquer coisa pra você esquecer de tudo o que eu fiz dentro daquele lugar e.. – Ele logo se dava conta das próprias falas. – Perai, quer dizer.. Qualquer coisa também não!.. – Ele voltava atrás. – Sei lá, posso te pagar alguma coisa, né?.. É, é isso! Posso te dar uma roupa, guitarra, piano, bateria, violão.. Tudo originalmente autografado por mim!.. Que moral em?! Quais deles você prefere? – Ele batia a perna, levemente. – Não espera! Que tal um jantar num dos melhores e mais caros restaurantes do Rio? – Ele apertava o olhar perdido. – Tá, além desse pedido ter suado meio estranho, também não precisa ser tão caro!.. Eu sei que você vai dizer pra fazer em três vezes sem juros mais.. Não! Eu nem tenho cartão de credito.. Ou tenho? – Ele massageava o queixo, pensativo. – Ok, te compro um carro novo! – Ele sorria abertamente. – Não! Mentira, esquece! - Ao seu lado Tomás enfim o encarava acompanhado de seu sorriso ainda recente, a espera de uma resposta. – Você me ouviu?
- Eu te ouvi. – Diego passava a marcha sem mudar de expressão, em um completo 'outro mundo'. – Sua mãe quem ligou, já entendi.
- Que? Ficou doido?
- Não era a sua mãe? Provavelmente pra te dizer o horário do voo e.. Fica tranquilo já estamos chegando.. - Ele escancarava ainda mais sua janela, deixando o vento falar por si só enquanto batia em seu rosto.
– Errr! - Ele imitava o som de 'erro'. - Não passou nem perto! - De canto de olho, Diego o observava 'de bem com a vida'. - Triste não conseguir me enrolar, né? Ninguém consegue! Não precisa fingir que tava prestando atenção ou que gostou da brincadeira...
- Tomás eu...
- Não devia ter te tirado da Roberta, né? – O olhar do amigo não o enganava. - Falei a palavra magica?
- Não que eu est..
- Você não consegue mentir pra mim, ponto. - Ele afrouxava o cinto. - E também, não é tão bom em desculpas, como a sua namorada! Você tá em outro planeta meu filho! Eu to aqui a horas falando sozinho e você ai, com essa cara de quem comeu e não gostou!
- To só preocupado, meu celular descarregou, não sei se ela ainda tá em casa e..
- E que você tá cismando no seu avô e também não sabe por onde ele anda.. – Sem saber o que fazer com as mãos, ele abria o porta luvas. – Só um palpite, acertei?
- Depois que ele entrou na minha vida.. Tudo virou de cabeça pra baixo, não sei se continuo agradecendo ou se.. – Ainda que sua atenção estivesse devidamente prestativa ao transito, um desvio de olhar não foi evitado. – Oque é que você tá fazendo? – Antes de pegar o pertence confiscado pelo o amigo, Diego o olhava assustado.
- Quem aqui devia te fazer uma pergunta parecida era eu, não? – Abismado, Tomás franzia o cenho. – Oque esse sapatinho minúsculo anda fazendo dentro do seu carro?
- Não te interessa! – Com uma das mãos, ele guardava o pequeno par no apertado bolso da calça.
- Vai começar a explicar quando? São de recém- nascido, não são?
– Não era você que queria chegar o mais rápido possível no aeroporto? Tá ai.. Só mais duas quadras daqui se você quiser fazer o favor de descer e ir andando seria uma boa e..
- Para de enrolar, eu não vou desistir!
- Como você é chato! - Diego socava ainda que de leve o painel.
- Não era essa resposta que eu esperava ouvir!
- São dos meus irmãos! - Ele respirava fundo. - Pronto, satisfeito?
- Ah mais não são mesmo! Seus irmãos não nasceram ontem meu garoto! – Ele logo cruzava os braços. – Eu pensei que fossemos amigos! Dividir os momentos difíceis e compartilhar os de alegria! Lembra?
- Agente é Tomás! Mais.. – Ele apertava o volante.
- Mais..?
- Eu não sei se consigo falar disso de novo.. Não sou forte o bastante. – Ele baixava a velocidade sutilmente parando em frente a faixa de pedestres, no sinal vermelho.
-.. Olha eu... Eu não quero, nem vou te forçar a falar nada sobre isso.. - Após a pressão, ele revia 'seus conceitos'. - Só você deve sentir o quanto é complicado e..
- Eu fiz tudo errado naquele dia.. Naquela noite.. Não era pra ter acontecido nada daquilo.. Eu não precisava ter a imagem dela sendo atingida daquela maneira.. - Diego mordia o lábio com os olhos esboços d'gua.
- E você.. Tem vontade de voltar no tempo, não é mesmo? – Ele assentiu fechando os olhos por alguns instantes. –.. Te conheço o suficiente pra saber disso.. - Agora, ele media suas palavras. - Você sempre me surpreendeu por ser um cara que.. Por ser aquele cara que não tem medo de viver, sabe? - Sinal aberto, algumas buzinas a mais ouvidas, e Diego acelerava novamente atento ao 'dizer' do amigo. - Você é o tipo de pessoa que.. Venha o que vier, aja o que houver.. Mais você sempre tá ali, disposto a dar mais um passo e.. Ser feliz. – Brincando com as mãos, Tomás continuava emocionado. – E eu? Não poderia me orgulhar mais de você.. Um amigo família, dedicado... Que já passou por tantas provações e continua aqui.. Firme e forte. – Levemente, ele tocava seu ombro. – Assim como eu tenho, quero que você também tenha certeza disso..  Você vai ter sua tão sonhada 'nova chance'.. Mais não será entrando em uma maquina do tempo, em uma espécie de balão magico ou coisa do tipo.. Mais será aqui em vida. – Diego deixava seu meio sorriso escapar. – ..Sei que ainda vou poder te ver, sem essa dor mesclada no fundo dos olhos. – De punhos fechados, ele socava seu braço. – Você vai provar.. Mostrar pra si mesmo que pode e consegue fazer tudo ser diferente.. Você vai ver. – Deixando alguns segundos de quebra, Tomás voltava o ser cabisbaixo relembrando e escutando o próprio depoimento sincero. – Que uma barrinha de cereal? - Ele lhe estendia o pacote.
- Olha que eu nem to mais bravo por aqueles seus dois ataques?! – Eles se encaravam rapidamente.
- Olha que agente ainda tem que negociar em!
- Você não existe mesmo! - Emocionado assim como ele, Diego bagunçava seus já desarrumados cabelos. - Sabia que já inventaram uma coisa chamada, escova? - Eles riam.
- Meu estilo é sensac... - Risonho ele logo olhava em frente. - Die.. DIEGO CUIDADO!

Continua...

2 comentários:

Bia disse...

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH MAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIISSSSSSSSS

Anônimo disse...

Tadinha da Roberta, posta mais por favor! Beijão Paulinha.

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Florianópolis, Santa Catarina, Brazil
Bem vindos a Web Novela Roberta e Diego. Viaje junto com agente na historia desse grande amor. Escrita por Gabriela Medeiros & Stefane Barcelos.