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sábado, 22 de setembro de 2012

Capitulo 59 - Sem vestígio algum.

... Aquela sensação de que.. ‘Ninguém te ama ou ninguém te quer’.. Sabe? .. Decepção. É.. Por mais que mereça o, ‘esquecimento’.. Ela também faz parte de qualquer momento de nossas vidas... Principalmente naqueles que menos esperamos pela sua aparição.. É como, olhar pro lado.. Ou até como só bastasse, um estalar de dedos. . .. E se... Bom e se pudéssemos ter um ‘’botão’’?.. É, um botão!.. Quem diria a criação dele, em nos indivíduos tão desesperados a espera de solução.. Grande o privilegio de ter uma função a mais dessas em meio ao corpo. .. Grande a diferença seria.. Talvez.. As de diminuir dores e somar suas alegrias. ..
- Você.. O escolheu, não foi?.. – Com duas fotos em mãos, Alice lutava inutilmente contra o escorrer das lagrimas sobre o rosto.
- Você falou com ela logo depois que eu fui embora? – Roberta bagunçava ainda mais seus cachos rebeldes. – Isso só pode ser armação! – Ela cruzava os braços. – Eu falei com ele! Tava completamente arrasado, pelo fato de como num passe de magica a Alice ter desaparecido!
- Calma Roberta, ficar assi.. Olha depois da despedida, nem entramos mais em casa.. – Diante o nervosismo da amiga, acelerar aquela ‘maquina’ parecia ser uma missão quase impossível. – .. Ela não ia sumir assim sem avisar agente.. Viajar? – Ela se perguntava incrédula. – Não, não.. Eu o vi na sua mãe!
- O Franco? – Ela rolava os olhos. – O conheço suficiente pra saber que ele logo correria pros braços da dona Eva Messi com uma perfeita desculpa na ponta da língua!
- Enquanto estive lá, só deu tempo de ouvir a ficha desastre que ele fez do Pedro!
- Só de imaginar.. – Ela fazia caras e bocas. – Minha mãe sabe.. O recebendo como se nada.. De braços abertos! – Roberta rolava os olhos. – Ai que ódio!
- Você conhece muito bem, Eva Messi! – Ela arregalava os olhos.    
- Eu ainda não to acreditando que ele fez isso... Ele realmente teve a cara de pau de contar como foi? – Ela seguia indignada. – Mesmo se ele não tivesse me ligado e acabado com a festinha do papai do ano, eu tinha certeza que ainda assim acreditaria nele.. Afinal toda essa história é mentira Carla! Ele.. O Pedro não faria isso com ela, nem sob tortura!
- E eu não sei? – De perto, ela enxergava seu nervosismo. – Olha pelo que eu entendi, aquele Franco do nascer do sol definitivamente voltou pro além!.. Lugar o qual ele não deveria ter saído nunca!
- Me diz se uma criatura dessas não merece uma internação na primeira clinica psiquiátrica que tiver pela frente? – Para um domingo que beirava a noite, o transito se mostrava cada vez mais perigoso e movimentado.
- Chegou lá na Eva pedindo milhões de desculpas, mais não deixando de admitir o acontecido com o Pedro.. – Distante, ela parecia relembrar a cena. – Só que depois desse incidente era obvio que ele ia se gabar até dizer chega!
- Ele me paga! Imbecil! – Com os punhos fechados, ela socava involuntariamente o banco. – Aonde já se viu fazer isso com a menina? Não duvido nada que não possa ter sido ele quem pagou essa garota pra fazer essa coisa toda...
Na mansão, a porta do quarto ao lado dela já mantinha-se aberta. Ou melhor? Escancarada. Não tinha nada que a impedisse de sair de casa, parecia estar ali a partir de agora.. Como de livre e espontânea vontade.
–.. Que ideia a minha.. Quem sou eu pra te impedir de ser feliz.. – A ligação inusitada recebida há poucas horas, fazia agora a mudança absurda de seus conceitos. –.. Custava então ter me dito a verdade? .. Sem aquele drama só não era.. Você não precisava ter mentido daquela maneira..
‘’Você é o meu..’’ – Ela firmava as mãos perto a seus ouvidos. – NÃO, NÃO SOU! NEM NUNCA VOU SER SEU ANJO! – A imagem tão significativa dela, se ‘livrava’ de seu colo, flutuando tão logo em direção ao ‘final’ da cama. – INFERNO DE VIDA! – A escrivaninha agora, contornava unida aos livros o macio carpete.
Esperando o abrir dos portões, ao lado da amiga, Roberta seguia deixando todas as novidades em completos pratos ‘limpos’.
– Como senão bastasse, o Diego sumiu com o Tomás e nem pra atender as minhas ligações!
- Cuidado em.. – Indiferente com a ‘noticia’, era como se Carla ao ouvir o nome do mais ‘perfeito namorado’, desse sim naquele momento sua atenção à ‘bela’ estrada. – Foi fazer vergonha com o Diego, coitado!
- Vergonha? – Ela franziu o cenho.
- É.. Dessa vez.. O Diego fica com a missão de te contar.. - Elas se encaravam por instantes. - Sobre esse assunto? Minha saliva já foi desgastada! – O motor logo se cala.
O que antes parecia um tão belo quarto, agora mostrava-se destruído.
- E quanto a você? .. – Ela respirava forte junto à ira. – Briguei e lutei com o mundo pra te ter do meu lado pra.. Isso?.. – A foto dele mesclava a vista embasada dela. – A donzela aqui.. Esperando o príncipe encantado!.. – Ela sorriu irônica. – Ia ficar aqui.. Pelo resto da vida! Idiota! – Como a outra, ela lançou a foto movimentando-se rapidamente. - Como eu pude ser tão.. Como eu pude confiar tanto em você? Pra que? .. Só pra quebrar a minha cara agora? – Levantando-se bruscamente, Alice jogava ao chão todos seus pertences instantes antes sobre a cômoda. – DROGA! CHEGA DE SER UMA CRIANÇA MIMADA! EU TE MATO PEDRO! – Escorregando em frente à porta normalmente aberta, ela agarrava seus finos cabelos. – VOCÊ FAZ AS COISAS SÓ PRO SEU PRAZER!


Parados em frente ao simples casebre, a aflição de ambos vivenciada instantes antes mostrava-se controlada, porem não esquecida. Ainda que ouvisse os resmungos do amigo, Diego mantinha firme seus pensamentos. .. Saídas não planejadas, encontros não agendados, pessoas não conhecidas... Durante ‘aqueles’ últimos dias... De quem era a culpa? .. Bom, começar por Leandro, não seria novidade já baseado em suas desconfianças... Por não tão incrível que possa parecer era essa a conquistada resposta.. Era esse o nome, da única e só pessoa que ele sempre omitia como ‘clareza’. 
- Você vai entrar comigo? – O calmo e inusitado lugar ganhava inteiramente sua atenção.
- Vou ficar. – Contrariado, ele é rápido. – E se eu fosse você faria o m..
- Se você tá emburrado por achar que de alguma maneira seu pedido foi pro espaço.. Pode ficar tranquilo, tenho uma ótima memoria! – Um de seus pés já podia tocar ao chão. – Sem contar um amigo, que não me deixa esquecer!
- Que é agora?! – Irritado, ele o encarava. – Tá me tirando? Não bastou quase.. – Ele respirou fundo. – Ah que saber? Vai logo meu filho! – Inclinando-se, Tomás observava os detalhes da ‘casa’ em frente. – Aproveita que a porta ali, tá escancarada!. – Em meio às palavras, cruzando os braços, ele logo trazia o olhar a janela outra vez. -.. Deve já tá com saudade do ‘‘alien’’! .. Conversar.. – Ele sussurrava incomodado. – Só foi alguém te chamar de netinho pra você nem dá mais valor pra ge.. – Ao virar-se novamente, nem mesmo o amigo estava mais ali disposto a ouvir seus ‘desabafos’. –.. Obrigado pela parte que me toca! – Debruçado sobre o vidro meio aberto, seu tom de voz foi elevado. – Me deixar falando sozinho foi uma bela escolha, parabéns! – Ele ajeitava-se ‘ofendido’. – Quase morrer num inusitado acidente de carro, fez me sentir bem melhor, tenha certeza!.. – Ele sorria irônico.
- Vô? .. – Diego aproximava-se em meio a forte brisa, que trazia e ‘levava’ a velha porta barulhenta. – Com licença, to entran... – O ‘efeito sonoro’ feito após seu leve toque, o fez involuntariamente dar seu pequeno passo para trás. – Isso não po.. Meu Deus.. – O sorriso sobre rosto, perdia então seu brilho e extensão. – Vô? .. Tá tudo bem? Tá por aqui? – A escuridão tomava conta de seus olhos, nada concreto podia ser visto ali. – TOMÁS! – A velha casa vazia, sem vestígio do avô, fazia as conclusões antes tiradas só piorarem.    
- QUE? O MASACRE DA SERRA ELETRICA JÁ COMEÇOU?! – Ainda do lado de fora, ele gritava demonstrando o quanto seu grau de irritação parecia elevado.
- Vô! Diz pra mim que o senhor tá aqui dentro! Não pode ser possível! Eu.. – Só as improvisadas paredes por enquanto podiam ser ‘sentidas’.
- Acende a luz, por favor? – Vendo poucas partes do amigo com a ajuda da luz vinda da lua, Tomás tateava ao redor fortemente. – Não me diga que além de zumbi, seu avô é vampiro também?
- Acha que eu te chamei até aqui pra você vir bancar o humorista? – A frase dita seriamente só deixava a desejar o encarar dos olhos. – Me ajuda a procurar por ele, anda!
- Já tentou ver na ‘Lecaverna' com o 'Leandromovel'?! – As piadas continuavam como desculpas a serem descontadas suas frustações.
- Eu vou achar sua cabeça, ah vou! – Diego sorria sarcástico. – Socar ela contra a primeira coisa que eu enxergar pela frente!
- Nossa depois dessa fiquei até arrepiado com a amea... – Sem controlar os passos em falso, o pé logo escorregava no que mais parecia ser um fundo e largo buraco. – AHH!
- QUE FOI ISSO?
- CAINDO BARRANCO! TO CAINDO! FUNDO MUIT... AHH! – A ‘desesperada’ voz ecoava pelo sinistro lugar. – Aonde o seu avô mora pelo amor de Deus? – Ele pronunciava entre os dentes. – Num bosque encantado?
- PRIMEIRO PASSO! – Diego situava-se. – NEM MAIS UMA PALAVRA POR QUE SE NÃO EU MESMO VOU AI E EMPURRO VOCÊ! – Adivinhando onde o amigo poderia estar, ele voltava o caminhar ‘pé por pé’.
- Você.. Não seria capaz de..
- Quer pagar pra ver? – Diego esboçava sinais lançando o desafio.
- O que foi mesmo que.. EU VIM FAZER AQUI! – Os dedos mostravam-se cada vez mais escorregadios. - Qual vai ser.. Vou ter que te implorar por ajuda?! ..Dá pra ser ou tá difícil? – Ele dizia firme.
- Não fala mais nada antes que eu me arrependa! Seria uma ótima forma de me livra de você de uma vez por todas!
- Claro! Nossa que engraçado, eu to rindo muito! – Ele se debatia como se fosse ser engolido por uma ‘areia movediça’. -.. Perai uma.. Uma coisa aqui no me... ARANHA! MEU PÉ! ARA..
- Deixa de ser ridículo Tomás!.. Eu.. Eu nem sei pra que lado você tá!.. – Diego sussurrava minimamente, preocupado.
- Segue a minha voz, o anta!
- Cala boca que você ajuda mais! – Diego franzia o cenho. – Já percebeu que em vez de colaborar, você só atra... Tá ouvindo isso?
- Um sonoro soco encontrando a sua cara se você não me tirar daqui logo? .. Ah claro, concerteza!
- Tem um... Tem um celular tocando.. – O som mostrava-se ainda distante.
- Como assim um celular tocando? – Tomás arregalava os olhos, surtando um pouco mais. – Eu não.. Eu não acredito que você podia ter acendido a porcaria do visor o tempo todo e não fez NADA!
- Tá maluco? - Os berros constantes não podiam parecer tão perto. - Deve ser o seu, lá em cima do banco o panaca! – Nem o carro era mais enxergado. – Parou. – No mesmo instante, Diego o puxava ‘bruscamente’. – Dá próxima vez.. Deixa o celular no bolso o mané... Menos episódios como esse sera..
- Pode ter certeza que por aqui.. Não terão próximas vezes! – Instintivamente, ele pisava firme rente a porta. – Satisfeito? Por que olha ao redor!.. Vestígio nenhum! ..É como se..
- Ele nunca tivesse morado aqui.

Continua...

5 comentários:

Anônimo disse...

++++++++++++++++++++++++++++++++

Anônimo disse...

mais pf

Anônimo disse...

Duda: pf posta +++++++++++++++++

Anônimo disse...

Muito show adorei a cena do Tomás e Diego, ficou demais!! Beijinhos Paulinha

Anônimo disse...

Ficou muito perfeito, mal espero pra ler o próximo capitulo!

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Florianópolis, Santa Catarina, Brazil
Bem vindos a Web Novela Roberta e Diego. Viaje junto com agente na historia desse grande amor. Escrita por Gabriela Medeiros & Stefane Barcelos.