quinta-feira, 7 de junho de 2012
Capitulo 22 - Termino repentino.
- ROBERTA! ROBERTA! - Diego se levanta bruscamente
assustado com os olhos cheios de lagrimas olhando ao redor procurando por ela.
Ele fica cada vez mais nervoso ao ver que ela não está do seu lado na cama, com
isso grita mais uma vez aflito jogando lençóis e travesseiros ao chão. – Não,
não meu Deus não.. cadê você.. cadê você..
Roberta que tinha acabado de tomar banho sai
desesperada abrindo a porta do banheiro ainda enrolada na toalha. – Oque foi
meu amor? Tá tud.. – Nem a deixando terminar de falar Diego a abraça forte a
colocando contra parede. – Graças a Deus! Tudo não passou de um pesadelo.. como
é bom te ter nos meus braços.. Eu te amo te amo mais que tudo no mundo! – Diego
sente Roberta que o olha radiante, passando as mãos pelo seu corpo a beija
fortemente. – Que lindo.. eu te amo
também meu anjo e esse amor é maior que tudo! – Eles se deixam levar pelo
grande amor que sentem, se apertando, acariciando simplesmente se sentindo.
- Mais tudo isso é saudade?! – Ela segura seu rosto
e sorri.
- Não sai de perto de mim mais, por favor.. – Ele
coloca parte do seu cabelo pra trás e segura seu rosto.
- Mais eu só fui lá em baixo pegar as malas.. e
depois vim tomar um banho.. – Ela se explica olhando diretamente em seus olhos.
- Era pra você ter me chamado.. não sai mais sozinha
assim.. pelo amor de Deus..
- Desculpa, eu não queria ter te assustado, pode
deixar da próxima vez eu te chamo.. – Diego nem consegue falar por enquanto só
quer aperta-la, percorrer seu rosto com beijos leves pra se certificar que está
ali, junto com ele, sã e salva.
- Mais.. – Roberta começa a sair do seu abraço.
- Mais?
- Diego dá pra me explicar.. Oque agente tá fazendo
num motel? – Ela o encara cruzando os braços.
- Agente não teve culpa, foi o único lugar que nos
restou!
- Como?! Tipo aqui tem um motel mais não tem uma
pousada, uma cabana sei lá!
- Ai é que tá!
- Oque?
- É um costume meio louco mais parece que eles aqui
chamam pousadas de motéis, pra eles motel é a coisa mais normal do mundo, não
tem o mesmo significado do Brasil!
- Credo que loucura!
- Pois é os meninos estavam muito cansados, eram só
os dois que estavam revessando o volante..
- Você ficou o tempo todo comigo né?! – Roberta já
sabe da resposta e sorrindo os dois se aproximam novamente.
- Fiquei e sempre vou ficar! – Eles se beijam de leve.
– Mais você ficou chateada com esse lance do motel? – Diego franze o cenho.
- Não, claro que não.. – Roberta se aperta em Diego sorrindo, o
namorado entende o recado.
- Então.. – Ele beija de leve seu pescoço.
- O mocinho dormiu a noite toda... não tá cansado..
– Ela beija o dele.
- Agente não quer se desgrudar.. – Suas bocas se encontram se invadindo com um
beijo cheio de desejo.
- Vem cá vem.. – Eles caminham em direção à cama se
beijando. Deitando lentamente eles vão namorando, conversando em meio a
suspiros. Diego tentava tirar aquele maldito pesadelo da cabeça, guardando tudo
só pra ele, o que não o impedia de ficar pensando nisso a cada segundo.
No Brasil, na casa de Roberta e Alice, Eva estava
sentada no sofá pensativa, era como se estivesse em outro mundo. Da cabeça dela
não saia à imagem da filha, seu coração insistia em dizer que ela corria perigo
que precisava de ajuda.
Eva como mãe estava aflita, ansiosa para a sua
volta, para poder vê-la com seus próprios olhos. Por outro lado uma certeza
acalmava seu coração, ao lado dela existia uma espécie de anjo da guarda, se
dependesse desse ‘anjo’ nada de mal iria lhe acontecer.
Franco chega de mais uma conversa conturbada com
Beth e logo percebe Eva distante, a quilômetros dali.
- Eva?! – Ela ainda estava com o olhar fixo em um
porta retrato sobre a mesinha lateral do seu lado direito. – Aconteceu alguma
coisa? – Ele toca seu ombro sutilmente.
- Hã?! Ah! Oi.. – Eva realmente estava estranha,
esquecendo até de lhe chamar por seu apelido.
- É com as meninas?! Ai meu Deus eu sabi.. – Franco
a interrompe arrumando com o dedo polegar os óculos.
- Não.. eles estão bem.. – Eva agora abaixa cabeça e
diz sussurrando. – Eu acho..
- Conseguiu ligar pra eles?
- Não cai direto na caixa de mensagem..
- Tô começando a ficar desesperado.. não era pra
gente mandar eles pra tão longe..
- Melhor longe do que com esse louco que quer matar
a minha filha! – Eva parece que pressente a real situação.
- Que isso Eva como assim?
- Eu não sei.. um aperto no peito me diz isso.. você
precisa ir na delegacia o mais rápido possível! – Ela se levanta caminhando de
um lado para o outro com as mãos firmando a cintura.
- É eu vou sim.. esse rapaz tem que ser transferido
logo, antes que agente fique louco..
- Se você parar de tentar resolver o problema dos
outros e focar no nosso acho que agente consegue chegar a alguma solução!
- Eva eu..
- Que Eva o que Franco! Você vive andando pra lá e
pra cá atrás de solução pros problemas da Beth! Afinal por onde você andou a
noite toda?!
- Eu estava na delegacia..
- Ah claro.. – Ela sorri irônica. - Vendo se o
Felipe continua lá ou brigando com os advogados continuarem firmes com o habeas
corpus?!
- CHEGA EVA! Chega de ironias! Eu estava lá sim,
ajudando ela! Realmente está precisando!
– Franco se altera.
- Toda essa sua disposição pra resolver os problemas
dela, devia ser depositada pra solucionar o problema dos meninos!
- Quem disse que eu não tô tentando resolver?
- Eu disse!
- Já tentei ligar pra elas! E não foi você que
encheu a boca pra dizer que eles são maiores de idade e sabem se cuidar?!
- Sim, eles são maiores de idade, tem
RESPONSABILIDADE! – Pronunciando a ultima palavra ela grita e prossegue. - Mais
é completamente diferente da situação de uma pessoa jurando vingança! – Franco
a encara assustado com o comportamento meio ‘sério’ da mulher.
- Perai me deixa ver se eu escutei direito, já ligou
pra elas?! Quantas vezes?
- Liguei uma vez pra cada e outra pro Diego.. – Ele
se dá conta da besteira que fez.
- Nossa! Você realmente me surpreendeu! Cadê aquele
pai atencioso, preocupado até demais?!
- Eu estava na correria ontem..
- Ontem, antes de ontem.. isso não é desculpa! – Ela
caminha ao redor do sofá. - Podia ter tirado dez minutos do seu precioso tempo
pra tirar a Beth do fundo do poço, que vamos combinar aqui que é ela mesma quem
cava!
- Não fala assim dela, não tem culpa do caos que a
vida dela se transformou.. – Vendo a alteração da mulher ele continua. - Ficar
desse jeito também não vai solucionar o problema!
- Agora.. Ago.. – A voz de Eva começa a ficar
embargada.
- Agora o que Eva?!
- Vendo que o celular deles cai direto na caixa de
mensagem.. eu liguei no hotel, disseram que ontem eles saíram de lá como se
estivessem fugindo da policia!
- Como assim?! Tínhamos pagado a estadia deles de
duas semanas!
- Eu sei! Por que você acha que eu tô desse jeito..
– Eva aponta para si.
- Falaram pra onde eles foram?
- Não.. – Eva senta no sofá pegando uma foto da
filha na mão. – Sonhei com ela ontem.. ela gritava tanto..
- Arruma as malas, agente embarca ainda hoje!
- Não tem como irmos pra França, nem sabemos onde
eles estão! Vamos ficar ainda mais preocupados..
- Tem alguma ideia melhor?!
- Tenho sim! Ao invés de irmos atrás deles em uma
viagem precipitada sem nem saber por onde começar a procura, vamos ficar aqui
tentando se comunicar com eles!
- É você tem razão, quem sabe agente podia até se
desencontrar..
- Por que?! Você acha que eles podem voltar pro
Brasil mais cedo?
- Se realmente estiver acontecendo o que estamos
pensando, provavelmente..
Carla andava de um lado para o outro falando sozinha
depois de ter descoberto onde estava Tomás ainda permanecia dormindo sem nem
saber da fúria dela.
- Como ele pode?! Aii eu vou matar o Tomás! – Carla
caminha até o banheiro pegando um balde no meio do caminho. – Agente briga,
termina e ele me traz pra cá! Perai que ele vai ver.. – Ela volta cambaleando
com o peso que carregava. – Isso é só o começo! – Carla se inclina jogando em
cima de Tomás um balde cheio d’agua congelante.
- MEEU DEUS!! OQUE É ISSO?! – Tomás dá um salto da
cama caindo sem jeito no chão pingando e escorrendo.
- Oque é isso?! Sou eu meu querido! – Ela dá a volta
na cama se aproximando dele. – AGORA ME EXPLICA ANDA! OQUE AGENTE TÁ FAZENDO
AQUI? – Carla grita com o balde em mãos.
- Você tá louca menina?! – Tomás fala ainda sonso,
esfregando os olhos.
- Loucos estão vocês de trazer agente pra cá! As
meninas numa hora dessas devem.. – Carla movimenta as mãos.
- DEVEM TER ENTENDIDO SEUS NAMORADOS! – Ele aumenta
o tom de voz enquanto se levanta ajeitando a roupa.
- Não sei se você lembra, mais agente terminou!
- Pode me dizer o motivo?
- Sua imaturidade!
- Não, não.. simplesmente por besteira!
- Besteira?! Desde quando imaturidade é besteira?
- Eu não sou imaturo, tira essa ideia da cabeça.. as
vezes eu tenho mais do que você!
- Ah sério tipo quando?! – Carla sorri irônica.
- TIPO AGORA! – Ele segura os punhos dela.
- Me larga Tomás! – Eles se olham olho no olho.
- Você enche a boca pra dizer que eu sou imaturo,
não tenho responsabilidade.. ok beleza! Mais uma namorada não precisava
terminar por causa disso, custa senta e conversar direito?! Você acha que eu
não tenho sentimentos? Você pensa que por você eu não tentaria mudar? - Tomás a
larga rapidamente saindo sem rumo, deixando Carla pensativa.
- Desculpa, não devia ter te tratado daquele jeito..
– Pedro segura as mãos de Alice.
- Desculpa também, devia ter conversado com você
direito. .
- Pra ficar bem claro, não é culpa nossa agente ter
vindo pra cá.. era o único lugar que tinha pra gente passa a noite..
- Eu sei.. da pra entender..
- Por que tá com essa carinha, preocupada com a
Robs?!
- É.. não consigo tirar da cabeça aquela cena
desesperadora, agente tem que proteger ela Pedro.. – Alice se encolhe um pouco
mais debaixo das cobertas.
- Aquele cara é capaz de qualquer coisa pra se
vingar..
- Acho que o Diego é como se fosse um anjo da
guarda, ele sempre chega no momento certo pra protege-la..
- Eu tenho certeza que ele é..
- Temos que sair daqui..
- Verdade uma hora dessa ele deve tá virando a
cidade de cabeça pra baixo!
- Voltar pro Brasil?! – Ela pergunta confusa.
- Não, não.. agente ainda tem tempo por aqui.. mais
e você já ligou pro seu pai pra pelo menos dizer que tá tudo bem..
- Mais não tá tudo bem Pedro!
- Simples mente!
- Ele ligou ontem..
- Pro Diego também..
- E ai?!
- Ah ele mentiu, pra não entrar mais em detalhes ele
fez que a ligação tivesse caído..
- Era melhor que não tivesse atendido!
- Foi o que falamos pra ele!
- Nessas horas provavelmente já ligarão lá no
hotel..
- É meu amor.. a guerra começou..
Roberta sobre o peito dele se envolvia cada vez mais
no abraço apertado e mergulhava em seus carinhos. Diego estava aéreo, pensativo
mais não deixava de beija-la e tirar sorrisos espontâneos dela.
- Oque você tem? – Roberta mexe distraída em uma das
mãos dele.
- Nada..
- Você ainda não me contou direito o que tinha
dentro daquele sonho..
- Aquilo não foi sonho, foi pesadelo!
- É por causa dele que você ficou assim? – Ela se
levanta, ajeita o lençol e olha diretamente em seus olhos agora.
- É.. – Diego fica meio confuso pensando se deve ou
não contar pra ela.
- Não vai falar nada, desabafar?
- De.. – Roberta o interrompe. – Foi comigo né?!
- Ele respira fundo, Diego está tão agoniado que
chega lhe faltar ar. – Foi.. – Ele a puxa para um abraço apertado que parece
não ter fim. – Foi horrível.. parecia ser tão real.. – Carla o interrompe
batendo na porta, do outro lado já falando. – Desculpa bater assim mais, tá na
hora da gente ir.. estamos esperando vocês lá em baixo..
- Vamos meu amor.. vem.. – Diego se levanta
bruscamente assustado, abrindo a mala rapidamente.
- Calma meu anjo.. – Ela se agacha ao seu lado com
as mãos sobre suas costas.
- Desculpa eu não queria te assustar..
- Deixa eu te ajudar.. pega.. – Ela escolhe uma
roupa e coloca em suas mãos.
- Vai ficar aqui sozinha?! Não nem pensar.. – Ele se
curva até a mala novamente. Roberta observa o namorado preocupado já pegando em
seus braços. – Vem comigo..
- Die..
- Por favor não seja teimosa.. vem..
- Já estão vindo Carla? – Pedro encostado no carro
pergunta.
- Eu nem entrei, chamei ali de fora mesmo.. daqui a
pouco eles estão ai..
- Pra onde que agente vai agora em? – Alice ajeita
as coisas no porta malas.
- Alguém com uma ideia brilhante?!
- Vamos pra Suíça! – Diego surge de mãos dadas com
Roberta.
- Pirou Diego?! Enquanto você vinha descendo bateu
com a cabecinha?! – Tomás fala suas piadas, debochando do amigo.
- Diego agente vai passar dias na estrada até chegar
lá e quando chegarmos vamos ter que ir direto pro aeroporto..
- Eu sei Alice, não tô louco.. muito menos bati
minha cabeça Tomás! Só quero sair logo daqui, o mais rápido possível!
- Partiu galera.. rumo a Suíça agora! – Pedro apoia
o amigo abrindo a porta do carro.
- Ai Pedro esse carro é mega apertado pra nos seis!
- Para de reclamar Alice, o Diego e a Roberta estão
correndo risco de vida! Bora, bora, bora!
- Oque eu não faço por vocês! – Tomás se ajeita no
banco de trás.
- Até lá nos três vamos revessando a direção do
carro beleza?! – Diego olha pra trás colocando o cinto.
- Beleza! – Os dois concordam.
- Agente vai dormir todas as noites dentro do
carro?! Não né? - Carla abaixa um pouco
o vidro.
- Não agente vai parando nos HOTÉIS! – Roberta se
vira ficando um pouco de lado arrancando risadas dos amigos.
- Ah claro vamos chegar lá em 2014 com certeza não
se preocupem! – Tomás se pronuncia espremido.
- Só tem um problema.. – Alice fala roendo a unha. –
Qual?! – Eles perguntam espantados.
- Lá vai tá muito frio.. não troucemos roupa o
suficiente!
- Hii babo! – Pedro bate as mãos.
- Não vamos morrer porque os outros querem matar,
vai ser de frio mesmo! Ebaa! – Tomás fazem os amigos rirem mais uma vez.
- Agente compra ué! – Diego tenta fazer tudo parecer
muito simples.
- A já dinheiro meu filho!
- Causa justa! – Carla pisca para Roberta que sorri
levemente.
Horas depois Wesley vasculhava por toda cidade atrás
dos seis, mais principalmente atrás do casal. Após passar por diversos lugares
mostrando fotos, ele havia chegado num local importante.
- Boa noite!
- Boa noite, bem vindo ao motel Dallas em que posso
ser útil? – A recepcionista japonesa de cabelo liso e curto é simpática.
- Poderia me dar uma informação, por favor?! Essa
menina passou por aqui? – Wesley mostra a foto de Roberta pra moça.
- Sim, sim! Ela, o namorado, e mais dois casais!
- Se hospedaram aqui? –Ele pergunta olhando ao
redor.
- Sim, saíram hoje bem cedo.. devem estar bem longe
numa hora dessas!
- Pra que lado foram? – Eles vão conversando até
chegar à estrada.
- Esse aqui! – Ela aponta.
- Ok muito obrigado! – Wesley tira da carteira uns
trocados colocando logo em seguida na mão da inocente mulher que sorri
acenando.
Seguindo viagem já cansado, sonolento Diego vai
cambaleando a cabeça em cima do volante quando Roberta percebe.
- Amor! Amor! Diego! – Ela segura em seu queixo, com
a outra mão cutuca Pedro.
- Oi! – Diego se assusta.
- Pedro troca de lugar com ele, vem Alice.. –
Roberta vai abrindo a porta do carro fazendo a volta, Diego já ia saindo quando
se apoia nela.
- Carla tem como você sair de cima de mim eu tá
difícil?! – Tomás acorda empurrando ela pro lado.
- Olha a..
- Chega, chega vocês dois.. o carro já não é grande
e vocês ainda querem brigar aqui dentro?! Faça mil favor né.. – Roberta
repreende os dois.
- Por aqui tem hotel? – Alice já vai procurando
alguma placa.
- Deve ter mais lá pra frente.. – Pedro olha em
volta.
Dias depois daquele sufoco, eles dão uma ultima
parada num hotel bem próximo ao aeroporto. Roberta conversa com Diego que
termina de se arrumar, fechando as malas pra pegarem o avião.
- Roberta eu tive todos esses dias pra pensar,
refletir.. – Diego pega em suas mãos e vão se sentando na beirada da cama. - Aquele pesadelo não sai da minha cabeça..
eu te amo tanto, você sabe muito bem disso.. não suportaria viver sem você..
agora que estamos voltando pro Brasil vamos encontrar uma pessoa bem pior.. eu
pensei numa coisa pra poder afastar esse maldito de você.. – Diego abaixa sua
cabeça procurando forças pra terminar de falar, sem nem conseguir olhar nos
olhos dela direito que o observava apreensiva. - Agente vai ter que terminar
nosso namoro..
continua...
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