quarta-feira, 13 de junho de 2012
Capitulo 25 - As ameaças!
Dentro do taxi Diego não presta atenção no que os
amigos diziam, para ele a única coisa que importava era seus pensamentos em
relação à Roberta.
- Diego?! O moleque! Da para participar da conversa
ou é pedir demais? - Pedro o chacoalha.
- Ah! Oi Pedro, me deixa quieto. - Diego fala com
seu olhar ainda fixo na janela.
- Tá pensando na Robs, ou melhor, na briga? - Tomás pergunta.
- O que você acha?! Mas quer saber, como ela mesma
disse é perda de tempo!
- Sabe o que eu e o mundo inteiro achamos disso? -
Pedro tenta dar sua opinião.
- Vocês piraram! Surtaram, sem pé nem cabeça essa
briga de vocês! - Tomás se intromete.
- Problema nosso! Eu não estou nem ai para o que
vocês pensam ou deixam de pensar. - Diego fala irritado.
- Hei! Tá maluco?! Só queremos te ajudar moleque,
abrindo sua cabeça e tentando botar a verdade ai dentro.
- Deixa Pedro! É um burro mesmo, não sabe a mulher
que tá perdendo por idiotice!
- Ah sou burro?! Burro é você que terminou com a
Carla, porque não percebeu que é tempo de crescer! Deixou de ser criança faz
tempo..
- Olha aqui meu filho!! Estamos falando de você e
não de mim...
- Hei, hei, hei! Chega... O motorista não tem nada a
vê com a nossa vida!
- Acho bom mesmo, se não sou capaz de parar essa
taxi e ir andando para casa.
- Isso! Pensa de cabeça quente. – Pedro bate palmas.
- Como sempre né!
Chegando em casa Roberta não da ouvidos para ninguém
e sobe as escadas como um furação. Eva tenta chamar sua atenção sem sucesso.
- O que houve Alice? Porque ela está assim?
- Terminou com o Diego! – Alice fala na ‘lata’.
- Que?! Como?!
- Não tenta perguntar, nem a gente entendeu!
- Isso tem alguma coisa haver sobre vocês terem
saído daquele jeito do hotel?
- Desculpa me intrometer, mas preciso ir para casa.
A Becky está-me esperando, beijo. - Carla pisca disfarçadamente para amiga.
- Então sobro você para me explica, da para ser
agora ou está difícil? - Eva a encara com as mãos firmes na cintura.
-... Uma baguncinha na minha mala, tenho que fazer
minhas unhas, beijoooo! Depois a gente se
fala. - Alice voa na direção das escadas, tropeçando
nos degraus após se livrar do assunto.
Roberta abre a porta de seu quarto e logo em seguida
fecha virando a chave por segurança.
Seus olhos e muito menos seu coração não aguentam
mais a força absurda que suas lágrimas fazem, insistindo escorrer pelo seu
rosto. Com uma das mãos ainda sobre a maçaneta, em meio
a socos silenciosos Roberta se vira colocando seu
corpo contra a porta e desliza se sentando no chão com as mãos já sobre seu
rosto.
- Não acredito no que está acontecendo! Tava tudo
perfeito e num piscar de olhos tudo se desfez.. Preciso de você aqui meu amor,
me abraçando, me beijando.. - Roberta sussurra em meio a lagrimas. – Cadê você
meu anjo lindo..
Enquanto isso Alice vai até a porta do quarto de
Roberta, para tentar conversa e conforta-la. Ela tenta abrir, porém a porta
estava trancada. - Roberta... Roberta! Por favor, abre essa porta precisamos
conversa.
- Me esquece, me erra, me perde ME DEIXA!
- Você esta precisando desabafar!
- Não tenho
nada para conversar. - Roberta tenta disfarçar o choro.
- Roberta deixe de ser cabeça dura!
- Alice.. por favor, eu realmente não quero brigar
com você, ainda não percebeu?! Não quero falar com ninguém.. – Depois de alguns
instantes em silencio Alice responde.
- ...Tá, eu também não quero brigar com você.. Você
promete que qualquer coisa me chama?
- Quer me
ajudar?! Então me deixa sozinha! - Alice sai andando frustrada depois das
tentativas sem sucesso.
Jogada na cama Roberta se lembra da encenação deles
no aeroporto, seu coração não via a hora de vê-lo novamente e dessa vez sem
teatro, sem ceninha, sem plano somente eles, somente o grande amor que os
uniam. Após alguns instantes não se contendo de ansiedade Roberta se levanta
bruscamente pegando seu celular na cômoda. No visor mostrava que tinha uma nova
mensagem. Eufórica Roberta lê em voz alta pra si. – ‘’Madrugada na sua casa..
Te amo. ‘’ - Com o sorriso no rosto ela responde. - ‘’ Eu tô contando as horas
pra poder te ver.. Me tira dessa agonia de te esperar.. Te amo. ‘’
Na casa do Pedro, Diego estava deitado em uma das
camas pensativo, quando sentiu o celular vibrar no bolso da bermuda. Com o
aparelho já em mãos um sorriso gigantesco é dado. Lendo a mensagem os olhos de
Diego brilhavam, e a saudade crescia ainda mais no coração. No mesmo instante
que Diego se preparava pra responder a namorada seu telefone toca. Olhando o
visor antes de atender Diego fala pra si mesmo confuso. - Número restrito,
estranho... Alô!
- Perdeu playboy! A Roberta vai ser minha, mesmo que
para isso você tenha que morrer o que não deixa de ser um alivio,. Nos veremos
em breve!
- No que depender de mim.. – Diego tira o celular do
ouvido percebendo que Felipe já havia desligado. – Desgraçado! Infeliz! Você
ainda vai pagar por tudo que você tá fazendo!
Pedro entra em seguida no quarto, Diego percebe a
presença do amigo e tenta disfarçar sua preocupação. Sentando na beirada da
cama Pedro pergunta. - Como você está?
- Melhor.. Mais a minha cabeça, minha razão, meu
coração tá lá com ela..
- Porque
vocês não conversam?
- Deixa a poeira abaixar, depois quem sabe... –
Diego desvia o olhar.
- Você que sabe o melhor pra sua vida! – Pedro se
levanta deixando Diego de cabeça baixa.
Pedro para na porta e permanecendo de costas fala.
–Tô indo jogar bola com o Tomás, qualquer coisa só ligar.. – Pedro segue sem
nem olhar pra trás.
- Cadê nosso bebê?! O Diego não vem?
- Precisa ficar sozinho, refletir sabe sei lá..
- Ele tá
sofrendo por causa de Roberta?
- Perguntinha meia obvia essa em Tomás!
- S.O.S?!
- Isso mesmo, temos que fazer alguma coisa pra
ajudar ele!
- Mais o que cara?
- Claro! É isso... Por que eu não pensei nisso
antes!
- Nisso o que meu filho? Estamos falando o português
brasileiro e não tailandês!
- E desde quando você entende o nosso português?
- Sei muito de português meu caro!
- Sabe tanto, que vivia tirando nota baixa nas
provas, né?
- Culpa da professora que não entendia a minha
magnífica letra!
- Aham, sei to ligado!
- Agente não tem que jogar?! – Tomás muda logo de
assunto.
- Não gosta da verdade cara?
- Esqueceu que eu sou o dono da verdade!
- Vem, vamos jogar.. assim quem sabe você para de
fala besteira!
Deitado na cama com os braços apoiando sua cabeça,
Diego ‘queima os neurônios’ tentando resolver a situação em que sua vida havia
chegado. As ameaças de Felipe era uma das suas principais preocupações. Roberta
vinha em seus pensamentos a todo o momento, afinal ela ainda corria alto risco,
sua segurança estava em jogo. Com o celular sobre a barriga Diego pega o
aparelho e lê a mensagem de Roberta mais uma vez, ler aquele texto fazia seu
coração encher de felicidade, fazendo esquecer os problemas por alguns
instantes. Com sorriso no rosto Diego vai respondendo a namorada aguardando a
madrugada ansiosamente. –‘’ Olhos lindos.. Eu queria estar ai agora, te
irritar, provocar, para depois poder te abraçar e cair na risada, porque nada é
melhor do que te ter ao meu lado. ’’
Roberta sai do banho enrolada na toalha quando vê
seu celular vibrar. Pega o aparelho rapidamente tendo a certeza que ele havia
lhe respondido. Ao ler a mensagem um sorriso espontâneo sai de seu rosto. Ela
se joga na cama beijando o celular fazendo sair da sua boca uma voz dengosa que
dizia repetidas vezes ‘’eu te amo’’. Cada vez mais cheia de saudade Roberta
senti o celular mais uma vez, dessa vez não ia ser uma mensagem. Ela sorri
respirando fundo.
- Oi meu amor! Tava morrendo de saudade da sua voz
liguei pra dizer que eu preciso de você!
- Oi meu amor! ...Eu também preciso de você, preciso
te sentir e tenho tantas coisas para te dizer.. Quero te beijar, vem pra cá,
vem! – Ela fala dengosa.
- Tô contando ás horas e os minutos para estar do
seu lado!
- Cada dia te amo mais, me apaixono por você todos os
dias..
- Te amo mais do que tudo, minha vida é você... Meu
eterno anjo. - Roberta se emociona com a declaração deixando cair algumas
lagrimas.
- Roberta?! – Ela bate calmamente na porta esperando
sinal de vida da amiga.
- Meu amor eu tenho que desligar agora, Alice tá me
chamando! Tô te esperando aqui mais tarde.. eu te amo! – Ela sussurra colocando
o telefone em frente a sua boca.
- Matei um pouquinho a saudade ouvindo a sua voz…
Estou doido para poder ir ai te abraçar, te beijar. Te amo muito meu anjo...
- Eu também, te amo meu anjo, beijo! - Roberta
desliga caminhando na direção da porta.
- Espera ai, já vou abrir Alice!
- Porque essa demora toda para abrir á porta?
- Ei, calma!! Tava no banho! Acho que dá até pra
perceber! – Roberta aponta pra si.
- Essa demora toda só para tomar um banho?
- Que é virou minha mãe agora?!
- Sempre delicada!
- Como uma rosa!
- Cheia de espinhos!
- De preferencia!
- Grossa!
- Se veio aqui pra me tirar do sério? Ou o que?!
- Vim chamar você pra jantar..
- Quem disse que eu quero?
- Ah que sabe fica com fome!
- Fico mesmo!
- Cala..
- Olha como fala.. – Eva entra loucamente
interrompendo a discussão. - Vocês duas não cansam?!
- Não!- Elas se olham pronunciando juntas. - Agente
briga mais nos amamos né INSUPORTAVEL! – Roberta aperta as bochechas e balança
a cabeça de Alice.
- Sempre.. CHATA mais eu amo! – As duas se jogam
abraçadas em cima da cama sobe o olhar atento de Eva.
Diego andava de um lado para outro esperando
agoniado á hora passar. O silencio que ali reinava foi então quebrado com Tomás
e Pedro chegando discutindo.
- Ei, ei, ei! – Diego se aproxima. – Que que
aconteceu aqui?
- Tomás! Não
aceita que perdeu!
- Perdi o jogo de propósito. Ok?
- Aham… sei!
- Mais é
verdade cara... – Por enquanto Diego ainda permanecia no meio dos dois virando
a cabeça pra lá e pra cá.
- Não vou ficar discutindo, você perdeu Tomás! Eu
vou tomar um banho.. – Pedro sai irritado.
- Vai tomar um bainho, esfriar a cabecinha!
- Vai-te catar Tomás!
- Que carinha é essa Carla? - Becky se aproxima da
irmã se sentando ao seu lado no sofá.
- Nada..
- Como foi a viagem em? Você ainda nem me contou!
- Boa..
- Nossa imagina se tivesse sido pessima! - Becky
solta uma risada debochando da irmã deprimida.
- Ai Becky me deixa aqui quietinha, depois agente
conversa..
- O Tomás tá demorando né?
- Como assim o Tomás tá demorando?!
- Ué! Ele sempre vem te visitar por essas horas!
- Deleta o Tomás do nosso bapo! Vou olhar pra frente
tem muita coisa melhor pra eu ver!
- Oi?! Que bapo é esse Carla.. não me diga que..
fala, fala, fala!
- É isso mesmo.. não existe mais eu e o Tomás, Tomás
e eu.. acabou!
- Mais por que?
- Por que sim, não deu certo.. o Tomás.. o.. - Carla
não aguenta mais se fazer de forte e chora sem conseguir pronunciar mais nada.
Becky percebe a flagilidade da menina e vai logo abrindo os braços.
Depois de alguns instantes no aconchego da irmã
Carla fala em meio a carinhos. - Foi horrível, se eu soubesse sinceramente não
teria saído de casa..
Pedro volta do banho e no corredor a caminho da sala
escuta pedaços de uma discussão. Antes de surpreender os indivíduos Pedro
encosta-se à parede. - ''EXISTE! – A pessoa teima deixando a outra cada vez
mais irritada. - CLARO QUE NÃO EXISTE!’’
continua...
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