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terça-feira, 31 de julho de 2012

Capitulo 46 - Medo do desabafo?


Há quilômetros dali, um pouco mais distante, junto à prateleira repleta de livros cinematográficos, a preocupação era como se já fizesse parte da família... 
Dar o braço a torcer ou insistir na velha marra? Vencer o orgulho ou se deixar escravo dela? ... Depois de concretizar tantas perguntas lhe vieram às incertezas... Mais além, o triste ‘’arrependimento’’ chega acompanhado da brisa lá fora...  Palavras que o inconsciente lançou e a boca deixou então escapar por entre os dentes... Quem sabe até um ato inconsequente...
Era assim como se sentia o então autoritário, Leonardo Maldonado...
Mais uma vez sem coragem pra mais desculpas...
Mais parando pra pensar o que lhe adianta o pedido se é apenas da boca pra fora? Por mais errado que esteja ninguém nunca vai deixar de ser o que é... Muito menos ele até por que convenhamos, ignorância fazia parte do seu ‘’eu’’, a lista dos seus defeitos podia ser iniciada por ela, alias, foi exatamente assim como afastou o filho... Esse era seu jeito, nada nem ninguém podia força-lo a mudar... Isso só dependia dele, quem sabe um dia ele podia conseguir se tornar um ser humano diferente...?
- Leo?!... Leo? – Fazia alguns minutos que Silvia observava o marido olhando abismado uma simples caneta em suas mãos. Ele sussurra nem prestando atenção em sua presença.
-... Como eu vou reverter toda essa situação... – E as mãos passeiam em volta da nuca, bagunçando os cabelos... Até levantar a cabeça lentamente e olhar a bela mulher escorada em frente à porta. – Silvia? – A grande cadeira justa de couro se move para trás com o susto. – Há quanto tempo você tá ai?
- O suficiente... – Ela senta em frente cruzando as pernas num movimento rápido.
- Oque você quis dizer com isso?
- Até quando vai fingir que não tá nem ai pro seu filho? – Ela continua firme.
- Do que se tá falando? – Ele se faz de bobo enquanto se posiciona a sua frente.
- É esse exemplo de pai que você quer passar pro seus tão amados gêmeos? – Por instantes ele permanece calado em meio a pensamentos inevitáveis vindo à tona. -... De um pai que vive atrás de uma mesa fingindo não se importar com o filho mais velho? – Sem o deixar dizer mais nada, Silvia mostra a impaciência por não querer mais ouvir a frase que tantas vezes já passou por entre seus tímpanos. – Vou sair com as crianças...
- Eu n...
- À noite conversamos... – Tarde demais para a intervenção de Leonardo, Silvia acabara de fazer a curva em meio a um corredor e outro.

A praia... Não podia ser outro lugar no qual se encontrariam pra alguns minutos de paz e privacidade... Era como se pra eles ali em volta do tão especial lugar o tempo parasse e nada mais além deles importasse...
Diego acariciava o rosto perfeitamente desenhado dela, que retribuía com as mãos leves deslizando sobre sua nuca aconchegada em seu tão amado colo...
-... Agora já estamos sozinhos... Eu sei que tem alguma coisa te perturbando... Confia em mim... Ou você..
- Claro que eu confio seu bobo. – Segurando seu rosto ela o repreende.
- Bobo que te ama... – Ele da um meio sorriso.
- Eu sei...
- Hum convencida... – Suas mãos correm até a ponta do seu nariz o tocando levemente.
- Eu sei... – Há percebendo distante, Diego olha o céu segurando o riso.
- Olha, um meteoro vindo na nossa direção!
- Onde! – Ela olha na mesma direção deixando seus braços firmes em volta do pescoço dele. A frase a faz sair do transe, acordando de vez pra vida.
- Até que enfim... Achei que você fosse dizer ‘eu sei’, de novo!
- Engraçadinho! – Sorrindo, Roberta o empurra de leve. -... Sabe que eu queria saber uma coisa...
- Sim, eu te amo! – Eles riem mais uma vez.
- Eu também te amo coisa linda... Mais eu aposto que sou mais rápida que você! – Roberta morde seu lábio inferior.
- Ah é, isso foi um desafio?! – Eles se encaram risonhos.
- Uhum...
- E o que eu ganho se eu conseguir te agarrar?
- Se você quiser uma previa... Eu posso te mostrar... – Em meio às palavras, ela se aproxima cada vez mais.
- E se eu não me contentar com essa previa e tipo... Quiser mais? – Roberta toca sua boca na dele.
- Cala boca que eu canso rápido. – Seus lábios deixam de sutilmente toca-lo, fazendo-os logo se unir numa só sincronia. Delicadamente eles sentem como se parte de si entrassem por entre o beijo... Num instante só deles, apreciando o que só eles tinham o prazer de sentirem e a chance de viverem.
- Chega! – Ela diz ofegante junto com a contagiante gargalhada.
- Jura amor? – As mãos incontroladas, perdidas pelo desejo de tê-la ali e agora já percorriam seu corpo de uma forma quente e única.
A aposta de Roberta parecia ter sido levada junto à maresia e as finas camadas de areia.
- Só se você me pagar agora! – Roberta se desprende dos seus braços com uma forte dificuldade, correndo pelo grande espaço já conhecido pelo som das ondas.
Sentindo o gosto do seu beijo ainda eminente em sua boca, Diego corre em busca dela que gargalhava a cada chamado dele.
Nem o maior de todos os problemas podia estragar a felicidade que eles mesmos podiam os proporcionar... Nada nem ninguém iam destruir esse direito.
- Peguei! – Ele cai por cima dela a fazendo rir mais ainda. Os braços logo envolvem a cintura de ambos, o beijo de esquimó é inevitável e eles se olham profundamente por alguns segundos que seguem.
- Queria que o tempo parasse ou fosse mais devagar..
- Bem aqui e agora... – O olhar já encarava a boca e os olhos quase há ao mesmo tempo em meio as falas que saia como um sussurro.
Diego a puxa pra perto beijando seus lábios delicadamente. Afinal... O mundo pode esperar...

- Boa tarde seu João.. – Carla se aproxima da recepção deixando a vista o ‘sorriso amarelo’ nos lábios, contornados de um básico batom.
- Olá querida, como vai? – O bondoso senhor responde simpático. – Quanto tempo! Que coincidência você apare... – O inicio da frase passa despercebida por ela que após andar a cidade inteira atrás do rebelde, o único e ultimo lugar no qual deveria estar seria este, com certeza.
- Eu sei que pode parecer loucura mais acabei jogando a chave fora por motivos meio... Bom, o senhor tem a chave reserva guardada ainda, não?
- Muito bem escondida, esperando a melhor ocasião pra eu te entregar... - Ao ver a chave refletida em seu olhar, o brilho de esperança pede passagem.
- Obrigada, o senhor é um amor! – Puxando seu flácido rosto, Carla deposita o pequeno beijo na bochecha do velho recepcionista.
No piso gelado, alguém dolorido reclamava...
A tontura ainda era forte e os olhos por mais abertos que quisessem ficar, faziam o favor de pesar sobre sua face...
Chegar até ali tinha sido uma jornada difícil... A única coisa que ele não queria naquele momento, era a aglomeração de tantas pessoas diante do seu estado físico...
Ele não queria ver ‘todo mundo’, o fato era que, somente uma lhe interessava, só uma iria lhe ajudar, só uma lhe fazia bem... Só uma fazia todo o sentido...
Com muita dificuldade as mãos percorrem o bolso esquerdo, na missão de encontrar o bendito aparelho... Ou talvez até descobrir se havia ou não sobrevivido durante o ocorrido...  Não importava o que tinha acontecido, ele não ia desistir de lutar, afinal não custava tentar... Se ela não atendesse por conta da raiva imensa que ainda provavelmente sentia... Paciência... Ele então ficaria e sofreria ali sozinho.
‘’Esse telefone está desligado ou fora da área de cobertura... Por favor, tente mais tarde.’’
– ... O destino tentando avisar que ela não quer mais nada comigo...
Instantes antes de entrar no elevador, Carla mantém o olhar fixo no arranjo de flores ao lado.
‘’Agente só pode vir aqui... Juntos... ’’ – E a ultima palavra se transformou em um irritante eco, que a fez imediatamente levar as mãos a cabeça.
- ...Como que eu faço pra parar de pensar nisso?! – Ajeitando a bolsa nos ombros ela finge esquecer as lembranças, entrando decidida.

- Você pensa que eu não percebi?.. – Após um desvio rápido no olhar até ela, Diego firma a atenção na estrada logo passando a marcha com uma das mãos.
- Oque? – Ela insiste em se fazer de desentendida.
- Você... Criando e mudando de assunto toda hora...
- Coisa da sua cabeça... – Ela ‘brinca’ com as mãos enquanto fala.
- Roberta sem rodeios, por favor?
- É que tá tão bom assim... Você me faz esquecer de tudo que me machuca... Acho melhor agente dei...
- Nada disso! Você prometeu que ia conta com a minha ajuda e eu to aqui disposto a te ouvir.
- Eu sei mais...
 

- Prometo não tomar atitudes precipitadas, caso for esse seu medo... – A estrada a caminho do hospital parecia movimentada. Roberta por sua vez olhou a paisagem por mais alguns instantes, como se procurasse a certeza ou até mesmo o juízo... Era isso mesmo que ela queria? Diego cumpriria com o então trato? ... Bom, esse seria um risco que ela teria ter de correr.
- Hoje... Hoje eu recebi um e-mail muito estranho... – Ele a ouvia atentamente embora também dividisse com o volante. -... Pra começa era... Era anônimo... – A razão não queria compartilhar esta informação com ninguém, além dela mesma, é claro... Mais o coração como sempre entregou as pontas, até por que repetir o erro já seria burrice de sua parte, Roberta não se permitia errar tantas vezes.

- Como é que é? Perai, anônimo? – Ele se surpreende. – Mais... Talvez não possa ter sido, sei lá, um engano?
- É eu queria muito acreditar nessa possibilidade... Só que estou lidan..
- Ei, ei! Estou?!
- Ok, ok estamos... – Ela cruza os braços. – Ainda não me acostumei com essa parte...
- Ótimo, vai te que acostumar com essa também... Estamos juntos nessa.

- Não queria te meter nisso... – Com ela acariciando seu rosto, a vontade de poder olha-la nos olhos cresce dentro dele.

- Então quando eu tiver um problema não vou te contar...
- Como? – A mão se afasta e o meio sorriso se desfaz. – Diego... Não sei se você entendeu mais.. Eu acabei de contar, desabafar, dizer, falar tudo pra você...

- Roberta... A partir do momento que agente namora... Passamos a dividir e exercer uma serie de coisa juntos... Amor, carinho, respeito...
- Confiança... – Ela completa entendendo aonde o namorado quer chegar.
- Exatamente... Como é que você quer que eu divida meus problemas, se quando é a sua vez... Você tem medo.. Medo de dividir comigo.
- Não é medo de dividir com você... É medo do que possa acontecer com você nesse caso... 

- Desde que agente esteja junto, nada de mal vai acontecer comigo... – Ele busca a mão dela estendida sobre a perna. – É isso que querem... Me ver longe de você...
- Eles não vão conseguir... – A mão direita dele se entrelaça com a esquerda dela. – Juntos somos mais fortes... – Ele sorri virando a cabeça por poucos instantes. 
- Profissionais, parecem saber mesmo o que estão fazendo... Você sabe em quem eu to pensando...
- Será que um dia agente ainda vai se ver livre deles?!
- Espero que ele ainda esteja afundado naquele buraco... - 
E a intuição dos dois estaria certa? Será mesmo que eles teriam a ousadia de se intrometer na vida deles mais uma vez? ... É quem sabe... Até por que a dupla infalível, Lorena e Wesley conseguiram se mandar e escapar das devidas consequências... Mais cá entre nos... Escrever um e-mail anônimo assim tão de repente... Não seria do feitio desse casal tão experiente e inusitado... Ou seria?

Continua...

8 comentários:

Livia Fenty disse...

tá demorando muito posta o capítulo completo hoje o resumo não deu nem pra metade da metade da metade da metade vc entendeu da minha curiosidade tá demorando muito pra terminar de postar essa é a única coisa que estraga a sua web é muito lenta nas postagens (SEM VACUO)

G.S MISSÃO I.M.A.G.I.N.A.Ç.Ã.O disse...

Hoje iremos postar completo... Entendemos a curiosidade de vocês, mais além da escrever a web temos escola e pré vestibular que começou esse mês... Iniciou essa semana por isso estamos começando a nos adaptar... Esperamos que todos vocês nos entendam... Não vamos deixar de escrever e vamos tentar postar todos os dias... Beijos

Livia Perry disse...

desculpa se eu fui grossa mais é que eu to muito curiosa por isso eu fico meio assim e boa sorte no vertibular!!!!!!

:) DANNY :) disse...

Lindas o ontem foi embora,amanhã ainda não veio,temos somente o hoje...minhas linda não tenham pressa pra postar at pq sabemos que alem da web vcs tem uma vida socil e que tem que batalhar pelos sonhos de vcs dou toda força pra vcs estudarem e mandarem super bem no vestibular eno ultimo ano da escola..e não se preocupe com aopiniao de algumas pessoas pois são pessoas que ate entao acham ou pensam que vcs nao tem vida e podem ficar 24 hs na net tendo uma "vida virtual" aolha somente o que é bom e o que valha a pena pra crescimento da web o restante descarte mas lembre-se que a critica ela sempre vem pra melhor o que já esta muito bom...parabens pela web e leitoras esperar é uma virtude que poucos possui...bjos anjinhos..amo vcs... :)

Livia Fenty disse...

E EU NÃO PEDIM SUA OPINIÃO E SE EU NÃO TENHO PACIÊNCIA O POBREMA É MEU E OUTRA NEM SABIA QUE ELAS ESTAVAM NO COMEÇO DO VESTIBULAR!

:) DANNY :) disse...

Querida Livia...nao postei comentarios a vc e sim para as meninas e tdas as leitoras ms se acarapuça serviu..nao posso fazer nada e nao grite ou fique brava pois realmente eu postei pq sei a correria que minhas amigas estão tendo pra vestibular e escola e ainda ter que administrar o blog que elas amam, agora vc deveria ter se colocado no lugar delas antes de dizer que o que estraga a web é a demora delas postarem...antes disso vc deveria se informar ate pq se vc fosse leitora assidua vc saberia que elas pediram desculpa e informar as leitoras fieis que estavam em epoca de vestibular antes de cobrar procure saber o que acontece primeiro...Bom e não ficarei mais discutindo com vc em respeito as meninas que amo por demais...bjos querida

Livia Perry disse...

OK NÃO VOU MAIS DISCUTIR COM VC PRA NÃO FICAR UM CLIMÃO NA WEB E EM RESPEITO AS MENINASTAMBÉM E ME DESCULPEM QUALQUER COISA!

juliana costa disse...

eitaa gente calma num precisa briga desse jeito,eu entendo a livia pq so mtoo curiosaa tbm e a danny q gosta as das meninas e defendeu mais tmb num precisa disso(disculpa me entrometer)

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Bem vindos a Web Novela Roberta e Diego. Viaje junto com agente na historia desse grande amor. Escrita por Gabriela Medeiros & Stefane Barcelos.