quarta-feira, 11 de julho de 2012
Capitulo 35 - O Reencontro.
- E a luz do dia que não chega! – Pedro socava a
palma de uma das mãos impaciente.
Henrique com muita dificuldade já havia pegado no
sono. Mais Tomás viajava num mundo distante dos seus pensamentos.
‘’ – Ai desculpa não foi.. – Carla? – Tomás! – Oque
que você tá fazendo aqui? – Eu moro aqui né Tomás! Se queria que eu tivesse
onde em marte? (...) – Saudade? – Do que?! – É.. Do colégio ué! – Ah, claro do
colégio! Claro que não.. Prefiro minha liberdade! – Eu também! – Ótimo pra
você! Tenho mais o que fazer, com licença! (...)’’ – Ele sorri de braços
cruzados relembrando o quanto ela fica linda irritada.
‘’ – Ah vai dizer que você não gostou? – Foi
deslize! – Deslize ou saudade? – Deslize! – Ótimo! - Não sei pra quem! –
Ninguém beija sozinho! (...)’’ – Tomás mexe despercebido na barba e vem
trazendo uma das mãos até seus lábios fechando os olhos pra podendo lembrar
mais uma vez. Olhando pelo retrovisor Pedro finalmente percebe Tomás distante
com um meio sorriso estampado no rosto. – Aproveitando o tempo pra pensar na
Carla moleque?
- O gosto do beijo dela ainda tá na minha boca..
- Rolou beijo? E isso aconteceu quando, telepatia? –
Pedro se recorda quase no mesmo instante. – Ah claro estacionamento!
- Nossa achei que eu fosse ter que te mostrar um
mapa, na boa!
- E oque vocês estão esperando pra voltarem?
- Ae... Como se fosse fácil assim... A nossa briga
foi feia cara... – Ele se ajeita no banco.
- Mais o amor de vocês sobreviveu, não foi?
- O meu coração continua aqui gritando desesperado o
nome dela..
- Ela também se sente assim, desse mesmo jeito.. Só
que aprendeu a ser durona... Ela quer dar uma de forte..
- É por isso que eu vou ser como ela... Depois que
tudo isso passar vou sair espairecer, voltar no foco de antes.. Baladas,
pegação.. Assim quem sabe ela some de vez dos meus pensamentos..
- Não acho um bom jeito de reconquistar a mulher que
você ama..
- Oque você quer que eu faça? Me jogue aos pés dela?
- Não é isso Tomás só que se ela acha que você
precisa crescer se comportando desse jeito, oque você quer que ela pense? Você
precisa mostrar pra ela que cresceu, entendeu? – Pedro faz uma pausa. – Só pra
deixar claro mesmo que você não tenha entendido eu não vou explicar mais uma
vez! – Tomás coça a cabeça pensando no conselho do amigo.
Havia alguns minutos que a forte tempestade tinha
iniciado. Roberta passava dentre as arvores com algumas mexas dos cabelos
pingando sobre seu rosto e sua respiração a flor da pele. A emoção tomava conta
dela a todo o momento. Suas lagrimas que de repente rolavam se misturavam com a
agua da chuva que caia sem parar. Ela olhava ao redor desesperada sem saber pra
onde correr, sem enxergar quase nada em sua frente. Parecia mais aquelas cenas
clássicas de filmes de terror onde a mocinha corre perigo na floresta mal
assombrada. A impressão que tinha era que alguém vinha vigiando seus passos e
quando menos esperasse a pegariam de volta, mais tudo não passava de ilusões
que o medo a proporcionava naquele momento. Grandes galhos caiam, folhas
dançavam por conta do forte vento que uivava. Aquele som a deixava
incrivelmente assustada. – Não sei se tenho mais forças pra conseguir sair
daqui... Sabendo ainda que você não tá mais aqui pra me tirar dessa agonia...
Vou ficar aqui, nunca mais vou voltar assim pelo menos eu morro quietinha no
meu canto sem encarar essa realidade de não ter você mais nos meus braços... – Caindo
deprimida, ela leva as mãos a cabeça.
Andando pela mata com os olhos embasados, Diego
grita seu nome mais uma vez sem perder as esperanças. – ROBERTA! – O forte
barulho da chuva a impedia de escutar seu amor chamando. Olhando pro céu
deixando a chuva lavar seu rosto ela segura firme a aliança. É então que grita
tentando desabafar, juntando as forças que lhe restavam, havia sido o grito
mais alto que já tinha dado na vida. – DIEGO! – Alguns passos longe ele
arregala os olhos reconhecendo a voz dela. Roberta engoliu o choro mais ele
veio mais forte dá outra vez. - Me perdoa? Por favor, diz pra mim meu anjo da
guarda diz que é tudo mentira não me deixa pelo amor de Deus... Não me deixa...
– Ela baixa a cabeça e uma mão vem segurando seu queixo buscando seus olhos. –
Eu nunca te deixaria meu amor... Nunca! – Os olhos deles se encontraram.
Roberta não sabia se ria ou se chorava só trouxe suas mãos até seu rosto o
acariciando sem conseguir pronunciar uma palavra sem soluçar. – Eu te encontrei
minha pequena, graças a Deus... – Diego retribui o carinho como se fosse
miragem tê-la ali com ele. Ela se sentia da mesma forma, o apertava querendo
senti-lo, passava as mãos sobre seus cabelos molhados descendo por suas costas
e o trazendo pra perto de uma vez por todas. – Eu estou sonhando... Ou...
Acabei desistindo de viver pelo fato de não conseguir seguir em frente sem
você? – Se soltando do abraço com a vontade de querer ficar assim com ela por
todo o sempre, Diego beija sua testa e segura seu rosto mais uma vez. – Não,
não, não meu anjo estamos vivos, vivos pra viver esse grande amor intensamente,
incondicionalmente... Eternamente... – Eles se olham emocionados ainda com a
forte chuva caindo sobre eles. – Eu te amo tanto, tanto que saudade de você...
Só me abraça me beija, por favor... – Enquanto grudava nela mais uma vez ele
fala em meio a beijos em seu pescoço. – Te amo, tanto, muito me deixa te
sentir, que falta você me faz... – Eles se levantam colados um ao outro. – Você
tá bem? Ele te fez algum mal? – Ela alisa seu rosto preocupada.
– Com você
aqui comigo não tem como não estar... – Diego percebe Roberta perdendo as
devidas forças das pernas. É então que ela vem amolecendo em seus braços
tentando se manter firme. – Roberta? – A preocupação toda conta dele mais uma
vez. – Você não tá bem... – Ele já fala em tom de afirmação. – Fala comigo! –
Diego a pega no colo e balança nos braços esperando sua reação. A cabeça de
Roberta cai sobre seu peito logo em seguida sem conseguir dizer uma palavra. O
coração dela já tinha começado a bater normalmente após Diego finalmente estar
ao seu lado para lhe proteger de tudo e todos, mais seus limites tinham sido
ultrapassados. A fraqueza de um dia inteiro sem se alimentar ou até mesmo
dormir tranquilamente sem angustias haviam sido quebradas dentro de si e seu
corpo não respondia mais. Diego caminha com ela nos braços desviando dos
grandes troncos de arvores que volte e meia estavam bem em frente. Naquela
imensa floresta, uma pequena gruta os aguardava para abriga-los durante a fria
madrugada. Já avistando o lugar, Diego protege o rosto de Roberta dos grossos
pingos firmando sua cabeça um pouco abaixo do seu pescoço. Apertando as vistas
ele vem aconchegando ela sobre uma pedra que mais parecia uma pequena cama improvisada.
Diego passa as mãos sobre o corpo dela tirando o excesso da agua, sentindo suas
pernas, braços, mãos radicalmente frias. – Eu vou cuidar de você fica bem, por
favor... – Ele beijava sua testa repetidamente acariciando seu rosto. Assim que
se levanta, Diego tira a camisa molhada e a joga num canto. Desvia novamente
seu olhar até ela a vendo ainda com a roupa ensopada. Diego aperta as vistas buscando o interior da
gruta com a lanterna, alguns instantes depois a pega mais uma vez no colo. Ela
ainda permanecia desacordada na sensação de estar em um sonho e querer sair
dali de dentro, daquele mundo fantasioso mais rápido possível. Ajeitando ela
mais uma vez em meio a carinhos ele percebe o ambiente um pouco mais agradável
não tão frio como antes. Passando suavemente suas mãos pela barriga dela, Diego
vem subindo sua blusa a deixando apenas de sutiã. – Você vai entender o porquê
disso quando você acordar... – Ele conversa com ela carinhoso em meio a beijos
pelo rosto. – Agora vem cá... Deixa eu passar o calor do meu corpo pra você...
Vamos nos esquentar juntos... – Sentando ao seu lado, Diego a traz para seu
colo num forte abraço. Com seus rostos colados, ele sente uma quentura.
Encarando Roberta preocupado, Diego coloca a palma da mão sobre a testa dela. –
Você tá queimando em febre! – Ela despertou devagar no mesmo instante nem
conseguindo abrir seus olhos direito, cada vez mais quente ela gemia delirando.
Pegando a blusa molhada bem ao lado deles, Diego passa pelo seu rosto esperando
que aquilo pudesse surtir algum efeito. – Tenta falar comigo.. – Ele olhava o
rosto dela a espera que conseguisse abrir ao menos um pouco os olhos, mais
Roberta apertou uma de suas mãos que agarrava firme sua cintura, voltando à
cabeça pra trás e soltando um gemido fraco. – Já vai passar eu estou aqui com
você.. – Mais aquecida depois de estar aninhada em seu abraço aconchegante,
minutos depois a febre de Roberta começa a dar sinais de melhora.
Inesperadamente uma dor insuportável chega quase a deixando sem folego. Ele
alisa suas costas desviando seu olhar até seu pé o percebendo inchado. –
Diego... – Ela o abraça fortemente.
- Calma meu amor.. Você... Não consegue mexer? – Ele
toca seu pé mais a mão dela chega logo sobre a sua. – Não... Acho que... Foi na
hora que eu corri feito louca...
- Deixa eu cuidar de você... Essa dor vai passar... Confia
em mim? Não vou deixar doer mais... – Diego segura seu pé delicadamente e ainda
sobre seu colo, Roberta sorri levemente olhando profundamente em seus olhos. –
Coisa linda.. – Após ela consentir, ele começa massagens leves, tão suaves que
mais pareciam um carinho. – Antes que você me pergunte o porquê que você tá
assim, tirei sua blusa molhada pra não acabar te faz... – Roberta leva um dos
dedos sobre sua boca. – Eu sei... Não precisa se explicar, você sabe oque é
melhor pra mim... – O sorriso toma conta de seus lábios. A olhando em seguida,
uma das mãos vai até a testa dela mais uma vez. – Graças a Deus sua febre
baixo..
- Era saudade de você... – Eles sorriem com Diego já
segurando seu rosto. – Também morr.. – Roberta o interrompe mais uma vez com um
bico manhoso e tristonho formado. – Ei! Não fala essa palavra.. – Levantando
seu rosto ele a faz rapidamente colocar um sorriso nos lábios. – Desculpa,
desculpa... Quer dizer... Eu também estava louco, maluco, completamente doido
de saudades de você! – Eles se olham por alguns instantes se aproximando
devagar. Já com seus rostos colados, ela sussurra puxando seus lábios. – Ainda
é movido pelo meu beijo?
- Sempre... – E o beijo inicia calmamente. Roberta
permanecia fraca e em meio ao beijo ele vem a deitando sobre a pedra novamente.
– Tenho medo da febre voltar ainda mais forte... – Ele acaricia seu rosto com o
dorso da mão tocando de leve a ponta do seu nariz.
– Você me faz bem... Me traz uma força...
Inexplicável.. – Ainda com a expressão preocupada, Diego lhe dá um beijo
rápido. Alguns passos dela agora eles se observam. - Essa lanterna é gigante! –
Roberta sorri levemente.
- É mesmo! – Ele também sorri refletindo. – Pensando
bem, que bom assim eu consigo te enxergar melhor... Mais mesmo se ela não
estivesse aqui também ficaria feliz em por enquanto apenas te sentir na
escuridão...
- Então desliga ela e vem cá... Vamos dormir
juntinhos escutando a chuva lá fora..– Em meio à voz calma e fraca de Roberta,
Diego já havia se aproximado sentindo a perfeita forma do seu rosto, ajeitando
de mansinho o braço por debaixo da cabeça dela que até então estava sobre a
bruta pedra. O cansaço chega e ele tenta não se deixar levar por aquilo que seu
corpo lhe pedia repetidas vezes. Em seus pensamentos a certeza era sem sombra
de duvida que tudo que ele mais precisava estava bem ali... Além do que os
olhos podiam ver, além do que seu coração podia sentir. Mais uma vez ela
segurou sua mão, o abraçou forte e isso, isso bastava pra ele... Tê-la ali ao
seu lado era o que realmente seu corpo pedia e seu coração gritava...
Simplesmente era isso que importava.
Algum tempo
depois deslizando as mãos pelos cabelos dela, Diego continua relutando contra
seu sono que insistia em vencer a batalha. Roberta já tinha adormecido sob os
olhares atentos dele. – Dorme meu amor... Fica tranquila que tudo há de dar
certo... Eu te amo... – Quase num cochicho os olhos dele também se fecham sem
nem poder mais discutir. Com seus corpos literalmente colados e mãos
entrelaçadas à respiração dos dois segue aquecendo suas faces por dentre a
madrugada a fora.
A claridade invadia o lugar por completo fazendo
seus olhos se contraírem com tamanha ousadia da natureza. A quentura sobre a
testa de Diego era completamente fora do normal, o que o fez acordar por ‘completo’
num simples ‘pulo’.
- Roberta? Roberta!
Continua...
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10 comentários:
muito lindo termina logo de postar estou muito anciosa e vc escreve muito bem!
nossa, que lindo ... quero mais ! ><
Ficamos muito felizes em saber que vocês estão gostando! Escrevemos com muito carinho para vocês, assim que terminamos postaremos o capitulo completo. Agradecemos de coração pela atenção e pedimos desde já desculpa pela demora das postagens. Beijos
Ah adoreiii
VAI TER A 2 TEMPORADA?TOMARA QUE TENHA!
Que bom que gostou Lu, sim estamos pensando em fazer a segunda temporada sim...
Beijos
ATÉ QUE ENFIM UMA NOTÍCIA BOA TOMARA QUE TENHA 2 TEMPORADA E DE NOVO PARABÉNS ESTOU AMANDO SUA WEB!!!!!!!!
nossa quer me matar parando numa parte assim .. ! meu Deus você me deixa mais curiosa a cada capitulo.. *-* começa a postar todos os dias .. por favor ><perfeito !
AHAHAHAHAH POSTA LOGO O 36 PFPFFPFFP QUER ME MATAR DO CORAÇÃO PARANDO NUMA PARTE ASSIM KKKKKKK
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