segunda-feira, 2 de julho de 2012
Capitulo 32 - O Desespero. Será o fim?
‘’Na interior da cidade do Rio de Janeiro uma
explosão em um galpão abandonado causa uma morte, em instantes no Jornal da
Gente. ’’ - Sentada no sofá Lorena para tudo que está fazendo e escuta
atentamente. Indo rapidamente até o sótão da casa ela pega Roberta pelos
cabelos e a joga contra a poltrona fortemente. Com um esparadrapo sobre a boca
ela só lança um olhar de raiva pra mulher que agora sorri descontroladamente.
- Cara a cena que eu vou assistir dentre alguns
instantes vai ser a melhor da minha vida! Ai ai! Vou até sentar mais uma coisa
eu te peço.. preste muita atenção, muita! – Roberta recosta a cabeça na
poltrona tentando não olhar pra cara dela, pois o nojo era grande.
‘’Estamos de volta com o Jornal da Gente, agora com
mais detalhes da explosão que aconteceu no interior da cidade do Rio de
Janeiro, causando uma morte. Comandante Michel oque mais podemos saber?'' –
Roberta começa a voltar com a cabeça lentamente com o coração disparado.
‘’Neste galpão estava sendo executado um sequestro de um jovem e ao que tudo
indica quem fugiu antes do disparo foi o sequestrador. Obrigado Michel depois
do intervalo (...)’’
Roberta com os olhos cheios de lagrima olha
imediatamente Lorena que vem se aproximando. Ela tira seu esparadrapo e Roberta
em seguida solta uma pergunta na ponta da língua.
- Por que você me chamou aqui se essa noticia não
tem nada ave com o Diego?
- Engano seu queridinha!
- COMO ASSIM! – Ela grita já chorando.
- O Felipe o sequestrou enquanto você estava no
hospital preocupadinha com a sua amiga e levou ele exatamente pra esse lugar ai
da reportagem.
- MENTIRA! VOCÊ TÁ FALANDO ISSO PRA ME ASSUSTAR!
- Ele morreu, seu amor morreu! – Ela pula pela sala
deixando Roberta aos prantos gritar desesperada.
- PARA! CHEGA CALA BOCA É MENTIRA ELE TÁ BEM! – Ela
chorava tapando os ouvidos.
- Vem sofrer no seu cantinho vem.. – Lorena a pega
novamente pelos cabelos. – Imagina de câmera lenta como deve ter sido na hora
da explosão vai te fazer bem pode ter certeza! Nunca mais vai ver ele que
pena..
- Não, não, não pode ser..
- Chora bastante! – Lorena fecha a porta em seguida.
E Roberta vem socando as paredes. – DIEGO! DIEGO! Nã..não, não, não.. – Ela
grita. Escorregando de costas pela parede Roberta instantaneamente relembra
momentos ao seu lado deixando a voz dele ecoar em sua cabeça. Tudo passa como
um filme em sua cabeça, cada toque, cada beijo, cada abraço. De como é boa a
sensação de sentir seu coração bater colado em seu peito.
‘’Oque será que agente foi em outra vida? – Marido e
Mulher! – Bobo! – Eles riram. E na próxima oque vamos ser? – Ué essa é mole..
Marido e Mulher! – Mais tá muito longe ainda.. – Então oque vamos ser nessa
vida? – Ah é pra eu responder agora? – Uhum..
– Ah mais essa é muito fácil né? .. Vou ser sua por toda eternidade! –
Eu te amo mais que tudo. – Eu te amo meu anjo mais lindo. ’’
- Não faz isso comigo não me deixa aqui sozinha meu
amor.. Volta! Volta pra mim.. – Ela sussurra emocionada levando às mãos a
cabeça.
‘’- Eu nunca pensei na minha vida que a minha
felicidade fosse depender tanto de outra pessoa.. – Você é a minha felicidade e
a minha vida depende da sua Roberta, minha Roberta.. – Pode parecer bobagem, talvez eu nem
demostrei tanto mais parecia que eu te conhecia antes mesmo do nosso primeiro
esbarrão..– Também tive essa mesma impressão.. – Dizendo coisas, pensando
coisas, sentindo coisas.. – Que jamais disse, pensou ou sentiu antes? –
É.. Foi só tiver e pronto.. – Sabe..
Mais que eu você me entende de uma formar tão.. – Inexplicável?
- É.. – Não tem nenhuma explicação.. ‘’
– Nã.. não oque vai ser da minha vida sem você? Eu
te amo tanto coisa linda.. Por que eu não te escutei? – Roberta vai se deitando
de leve no chão deixando livremente suas lagrimas rolarem pelo seu rosto. Sem
interromper seu choro. Sem medo de chorar.
No estacionamento do hospital tentando resolver os
rumos que vão tomar Pedro conversa com Henrique com mais uma informação a tona.
- A Dani acabou de me ligar dizendo que encontrou
rastros de sangue pelo quarto da Roberta.
- O Felipe o pegou com certeza Pedro. – Henrique
firma as mãos na cintura.
- Tá, tá bom eu vou dizer pra eles, mais fica calma,
por favor. Beijo. – Tomás desliga o celular o guardando no bolso.
- O que foi cara? – Pedro percebe a preocupação do
amigo.
- A Carla..
- Oque tem ela? É sobre a Alice?
- Não ela disse que viu na televisão um sequestro no
interior do Rio que acabou em morte.
- Não brinca com isso Tomás explica isso direito
cara. – Na cabeça de Pedro os amigos lhe vem na mesma hora.
- Quem disse que eu tô brincando meu filho?
- Modo de falar Tomás anda com isso.
- Uma explosão num galpão que ao que tudo indica o
sequestrador fugiu e a vitima foi o ‘jovem’.
- E se for o Diego meu Deus, não pode ser. – Pedro
anda de um lado e outro.
- Agente tem que resolver oque vamos fazer agora!
- É Tomás concordo mais vê se vocês dois parem com
essas brigas como a Carla disse precisamos de união, vocês mal se falaram...
- Isso não te desrespeito! – Tomás em seguida sai
deixando Henrique sem graça ao lado de Pedro.
- To... Tomás isso é jeito de fala... Desculpa seu
Henrique vem vamos toma nosso rumo logo. – Pedro vem o trazendo até o carro.
- Diego.. Ei olha pra mim.. – Leandro com toda a
dificuldade leva sua mão até o rosto de Diego que vem voltando à cabeça até o
volante. – Você não tá em condições de dirigir mais.. – Os olhos de Diego iam
se fechando contrariando sua vontade e suas mãos iam perdendo a devida força. –
Di.. DIEGO O POST.. POSTE! VAMOS BATER! – No mesmo instante seu corpo cai
totalmente sobre o volante deixando o carro percorrer ainda mais desgovernado
pela estrada. Com Diego já desmaiado ao seu lado Leandro mantém suas mãos firmes
sobre o ferimento. De ‘mãos atadas’ ele apenas recosta a cabeça no banco do
carona com o forte impacto. Os vidros se estraçalham se espalhando sobre os
corpos dos dois. Leandro desmaia caindo ao lado oposto de Diego. A ambulância
que percorria as estradas em decorrer do ‘acidente do galpão’ chega com a
sirene ligada arrancando poeira do chão freando bruscamente. Os enfermeiros
‘saltam’ cada um de um lado puxando macas e buscando colares cervicais.
Recobrando a consciência aos poucos Diego olha pro lado lentamente percebendo
‘o amigo’ preso as ferragens. – Seu Leandro.. – Ele sussurra mexendo de leve
seus dedos que podiam tocar as mãos dele. Abrindo a porta do carro eles vãos os
tirando com todo cuidado. Diego revirava os olhos sussurrando diversas vezes o
nome dela. – Ro.. Roberta.. – O enfermeiro tenta acalma-lo no mesmo instante. –
Ei tenta não se mexer por enquanto..
- Eu qu.. quero buscar ela me deixa sair.. Ela
precisa de mim..
- E você tá precisando de um hospital.. Quando
estiver medicado você explica tudo.
- Pedro
Costa.. Ah me desculpe Carla Ferrer é que..
- Ah oi, agora por enquanto eu sou a acompanhante
dela ele teve de sair pra resolver uns problemas. – Carla se levanta
rapidamente tirando das mãos uma revista velha e a deixando sobre a mesa
novamente.
- Claro, só
vim avisar que tá liberada a visita. Pode me acompanhar, por favor?
- Claro. – Eles caminham adentro do imenso corredor.
- Fique a vontade ok qualquer coisa aperta a
campainha.
- Pode deixar. – O enfermeiro as deixa a sós.
- Oi Carlinha.. – Alice fala tímida.
- O amiga que susto que você deu na gente em.. –
Elas se abraçam.
- Só não entendi o porquê deu estar aqui..
- Você, a Lice é que.. – Carla se enrola.
- Nesse momento tão lindo da minha vida e eu numa
cama de hospital..
- Momento lindo?
- É ninguém te contou ainda? Eu sei que eu fiquei
até com certo medo mais pensando bem..
- Contou o que? – Carla se faz de desentendida.
- Estou gravida! Que maravilha não?
- Ah, ah é.. – Carla desvia o olhar pra lá e pra cá.
- Ué não vai me dar os parabéns?
- Claro que vou.. Parabéns. – Ela se aproxima
puxando outro abraço.
- Por que a Roberta não veio ainda?
- Ela, ela foi.. Foi bem eu não sei deve estar em
casa.
- Deve estar com o Diego isso sim! Você acredita que
ela e o Diego nunca se separaram? Mentiram pra gente!
- Pois é o Pedro me contou.
- E você não ficou chateada? Pois é o Pedro me
contou? É isso que você tem pra dizer?
- Ai Alice coisa dela vamos respeitar, por favor..
- E por falar no Pedro por que ele não veio também?
O medico deu a noticia primeiro ai não acredito!
- A mãe dele tinha que um compromisso e o Pedro teve
que ir junto.
- Hum, você tá muito estranha!
- Eu?
- Não o meu filhinho! Claro que é você!
- Alice.. – Carla faz uma pausa respirando fundo. –
Deixa pra lá..
A espera de Henrique os amigos estão sentados na
calçada conversando pra espantar pelo menos um pouco do desespero em frente à
delegacia.
- Então Tomás é isso.. Na verdade você não é assim
tão burro já estava meio desconfiado que eu sei..
- Mais custava ter aberto o jogo pra mim também?
- Ele não queria falar pra ninguém, entendeu
N-I-N-G-U-É-M!
- Ah é? Então por que ele falou pra você? Perai acho
que eu já sei.. Melhore amigos! – Tomás fecha a cara mais uma vez cruzando os
braços.
- Tá, tá bom então Tomás o negocio é o seguinte você
está simplesmente tirando uma com a minha cara mais eu vou desenhar pra você
dessa vez tudo bem? Lá vou eu.. – Pedro coça a cabeça respirando fundo. – Eu o
peguei no flagra, no F-L-A-G-R-A! Saindo do quarto da Roberta, era a prova
concreta que eu precisava pra jogar na cara dele, sem saída descemos e ele teve
que me contar toda a historia.. Quer dizer faltou a parte do Seu Henrique
mais..
- Tá, tá, tá Pedro, entendi agora..
- Aleluia! Essa cabeça gigantesca guarda um cérebro!
- Isso era pra se uma piada?
- Calma ai acho que eu já entendi toda essa sua
braveza.. Ciúme!
- Ciúme de quem meu filho?
- Diego e eu?
- Pedro na boa vai ver se eu tô na esquina? – Tomás
o encara.
- Tá você pode até não tá querendo admitir mais...
Nos três juntos sempre. Melhores amigos, parceiros mais acima de tudo irmãos.
Vamos ter nossos problemas, assim como agora? Claro que vamos. E como o Diego,
talvez lá na frente qualquer um de nos podemos estar vivendo essa mesma
situação, querendo tentar resolver tudo sozinho, pelo simples fato de não
querer meter esses nossos ‘irmãos’ em furada... Só que aqui entre nos existe
amizade verdadeira que ao decorrer dessa nossa caminhada pela vida tenho
certeza que ela vai acabar ensinando que de vez em quando precisamos estender a
mão e pedir ajuda. – Pedro olha Tomás ainda cabisbaixo segurando as lagrimas
que se enchiam cada vez mais em seus olhos. Ele quebra o silencio depois de
alguns instantes. - Desculpa você tem razão... – Tomás esfrega o nariz tentando
esconder algumas lagrimas teimosas que rolavam. Pedro também não consegue
controla a emoção e vira pro lado apertando as vistas.
- Vamos parar com isso, junto e costurado pro resto
da vida. – Tomás se levanta parando em frente a Pedro de braços abertos. Pedro
o olha por poucos segundos sorrindo de leve. – Oque é isso aqui rolando pelo
seu rosto? – Tomás enxuga em seguida. – Isso oque meu filho?
- Essa aguinha esbirrando dos seus olhinhos.. –
Pedro solta uma risada.
- Um cisco que caiu bem aqui por coincidência... Aff
nossa esses ciscos!
- Aham... Ah meu bebê vem cá me da um abraço.. –
Pedro de proposito não solta mais o amigo.
- Ei... O... Oh meu filho acho que já dá de me
largar! Todo mundo já tá olhando!
- O meu garoto é que seu abraço é bom...
- A Carla que o diga... Mais e você tá melhor em
relação ao estado da Alice?
- Nunca penei que ela fosse ficar desse jeito
mais... Vai dar tudo certo...
- Vai sim além de você ela tem agente... – Pedro
sorri batendo na cabeça do amigo levemente.
- Cara daqui a pouco já é noite e nada do Diego e
nem a Roberta..
- Ainda mais com essa noticia espalhada por ai..
- Não aguento mais Tomás ficar assim andando de um
lado pro outro sem poder fazer nada a não ser vir na delegacia..
- Ainda preferia ir até o caminho que ele seguiu..
- E ficar com o carro parado no meio da estrada sem
saber pra onde vai?
- Ah sei lá vai que agente descobrisse mais alguma
pista?
- Uma ligação, eu só queria uma ligação.. – O
celular dele toca no mesmo instante.
- Suas palavras agora tem poder Pedro? – Eles se
olham incrédulos. – Atende meu filho, atende! – Pedro sai do transe com o
chacoalham do amigo. – Ah meu Deus será que.. – Ele vem buscando o celular no
bolso.
- Ué mais... Não é numero de celular não...
Continua...
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