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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Capitulo 61 - Sofrendo por ''St.. ''.

... ‘’Preciso te dizer o que sempre quis!’’.. ‘’Você é incapaz de amar ou fazer qualquer coisa! Quanto mais em ser MÃE!’’ .. Oque fazer ou até mesmo o que sentir ouvindo tudo de quem nunca se espera ouvir?.. Sair de casa, no intuito de abrir o caminho ou a cabeça de um ser e.. Ser inesperadamente recebida dessa forma. .. E a reação onde é que fica? Em que botão apertar e sair ganhando? .. Correr sem nem olhar pra trás? .. Fugir sem dizer se quer uma só palavra? .. Fingir.. Perai. É fingir!.. No caso dela, essa foi a melhor dentre todas as outras opções. .. A verdade mesmo? É sim, seu mundo ali tinha caído, desmoronado. .. E somente uma pessoa em todo o mundo podia fazer tudo ser esquecido ao menos enquanto estivesse ao seu lado. .. Ter de ouvir tudo aquilo e aceitar de imediato como ‘real’, era e foi um completo desafio. .. Pernas bambas, mãos tremulas... . Absolutamente tudo o que viveu invadia seus pensamentos, trazendo consigo lembranças, recordações que consequentemente traíram sua razão ao mesmo tempo em que fechava sutilmente os olhos.. Sua força ali na simulação de um túnel, enfraquecendo como a ‘luz’ que habita nele.
- Ah! Jura que você não entendeu? Ok, ok! Eu repito, sem problemas! – Com os olhos marejados, segurando desajeitadamente os lábios, Roberta permanecia incrédula. – Só prometo que dessa vez será bem pi..
- Não se atreva criatura! – Ao lado dela ainda que boquiaberta, Carla pedia o controle da situação deslizando nervosa as mãos sobre a cabeça.
- Tenho pena do medico que te atendeu, sabe? Vai que sei lá, esqueceu de mencionar que você ficou sec.. 
- CHEGA! ALICE CHEGA! OQUE DEU EM VOCÊ? – Agarrando-a fortemente pelos braços, Carla a jogava mais uma vez sobre a cama. – Quem é você, cadê você afinal?
- ESSA SOU EU! – Ela se debatia em meio à cama. – EM VERSÃO BEM MAIS ESPERTA E REALISTA! – Imóvel Roberta passava pesadamente as mãos sobre o cabelo.
- Não você tá enganada! Essa é sua versão arrogante e insensivel! - Deixando escapar algumas mexas sobre o rosto, ela a sacudia. - Tá tudo bem? Você tá bem? – Voltando até ela, Carla segurava seu rosto procurando o encontro de seus olhos, distantes.
- Nossa! Digna de um óscar, bravo! – Ela batia palmas freneticamente. – A mim? Você não engana mais!
– Já chega da sua voz por hoje, não? – Levando a amiga até a porta, ela a encarava. – Vem, vamos sair daqu..
- Vai ser fazendo a linha sensível que você vai fugir de ouvir a verdade? Vai, né? Ah não faz isso.. Vai dizer que, a nossa conversa não tava boa o suficiente? – Soltando uma das mãos da amiga, ela aproximava-se querendo em tempo uma resposta à altura.
- CALA A BOCA! - Ela perdia a devida resistência. - EU NÃO AGUENTO MAIS CHEGA! – Roberta escorregava em meio à ‘costas’ da porta.
- Ora, ora ora.. Ela voltou! Vamos lá minha lingua hoje está muito bem afiada pra você!
– .. A SUA VOZ EL.. – Ela prensava forte os próprios ouvidos.
- Vai, fala? – Alice abria o sorriso torto nos lábios.
- Já se olhou você no espelho? – Ela levantava ‘recuperada’. – Não, não.. Não são essas vezes que você deve estar pensando, que você foi pra colocar defeito no vestido, ok?  Já olhou ao redor? Já, pois na balança tudo o que você já fez? Humilhação em praça publica, lembra? - Alice desfocava os olhos, parecendo recordar a cena. - É exatamente aquela vez em que você só pensou em si mesma, alias que mancada a minha, você é assime vai ser eternamente assim, não é mesmo? Já eu pelo menos... – Ela sentia o leve ‘risco’ molhado rolar em meio à face. – ..Não precisei me fazer de 'santa' afundada em uma cama de hospital, afirmando aos sete cantos que estava gravida! – Ambas arregalavam os olhos, dizer aquilo a fez por completo sentir a imaginaria faca transpassar seu peito.
- Ótimo! Foi psicológica, eu sei... Ao menos eu tive uma e você que nem o dom de progredir com a sua recebeu?
– CANSEI! Cansei! – Tão próxima dela, sua respiração já era sentida. – Você não tem peito pra causar, sinto em lhe informar! Seus dias de cinderela? Já acabaram há muito tempo! – Se não fosse Carla a prensando cada vez mais pra trás, ela podia sim avançar sobre seu corpo. - Pois então trate de aprender com a vida, assim como eu fiz e faço a todo instante! Não preciso de muito pra ser feliz! Já você.. – Ela fez uma pausa. – Não merece nada das coisas que tem.. Muito menos? Nem meio terço do Pedro! – Não havia mais condições de segurar as lagrimas. – Pode ficar tranquila quanto a tudo isso que você causou, afinal? Essa sua revelação tardia, não me atingiu.. Nem um pouco! Mais confesso que foi bom saber o que realmente você pensa. – Ela dava um passo a mais pra trás. – Nunca precisei de alguém como você pra me dizer do que eu sou ou não capaz. – Olhando Carla de relance, ela se retrai. – Olha, – As mãos perto da boca esfregavam o nariz. – tira ela daqui, leva pra uma pousada qualquer, da um jeito de ligar pro Pedro... Eu.. – Carla já a apertava contra o corpo. – Eu, eu to indo pra minha casa.. – Não se importando mais, ela se rendia ao escandaloso choro que lutava junto ao ‘nó’ na garganta.
- JÁ VAI TARDE! ANDA, SOME DA MINHA CASA! – Ela ainda mantinha a fúria. – VOLTA PRO ACONCHEGO DO TEU LAR! – Ela sorria irônica.
- Não.. Não.. – Passando a mão por seu rosto, Carla murmurava a acalmando. – Ela falou sem pensar, não foi pra te ofender... – Sabendo todas as circunstancias, eram as únicas palavras que sobravam depois de tudo, a serem ditas.
- Eu... Eu só quero ir embora.. – Ela dava meia volta batendo fortemente a porta.
- Não! Roberta! – Sem questão de encarar Alice, ela chegava próximo ao corredor.
- Vai, vai atrás dela! Sejam todos vocês muito, INFELIZES! - O vaso estilhaçava jogado contra ao chão.
- Espera, não sai assim, por favor! Só deixa eu te acalmar, só escuta o seu pedido de desculpas, com certeza é o que ela tinha a mais pra te dizer! – Carla descia ligeiramente os degraus, tão conhecidos. – Roberta! – Não houve mais tempo de ouvir e ver sua dor, mais uma vez.

 
.. Em meio à pista, o veiculo girava.. Os pneus ‘cantavam’ e a luz do farol embasava completamente o que restava de sua visão. .. Do outro lado, após assistir atentamente toda a cena, lá estava o senhor dos cabelos grisalhos, que acompanhado de sua enrugada mão, alisava o cabo do carro. .. De um modo estranho, a entrada do aeroporto mostrava-se vazia. .. Sem ter mais a 'honra' da presença dos tantos carros perfeitamente enfileirados.. Eram somente, três. .. Apenas três pessoas existentes nesse grande e profundo mundo. Leandro, ainda que imóvel parecia calmo sem esboçar sua marca registrada.. O belo sorriso no rosto. As mãos? Seguras frente ao corpo a centímetros do carro. .. Distantes deles? Por poucos passos, com certeza.
- Oque.. Oque foi.. Isso? – Com a cabeça recostada ao volante, Diego pressionava involuntariamente a buzina.
- Esse cara.. Tá.. ESSE CARA É LOUCO OU OQUE? – Tomás apertava o próprio corpo, mostrando a si que não era mentira. – Se.. Jogar na frente do.. Agente matou nele? – Ele inclinava-se olhando ao redor.
- Não, não! Não matam.. - Ele trancava os olhos sentindo o cérebro quase que explodir.
- Diego.. É o.. Seu avô que te.. Encarando ali na frente? – Ele agarrava firme o banco, assustado.   
Levantando sutil a cabeça, ele subia o olhar lentamente. -... Desce Tomás.. – Eles livravam-se dos cintos.
- Que foi isso?! – Antes mesmo de abrir a porta, ele esparramava-se sobre a janela de vidro, aberto. – O senhor resolveu morrer e quis levar agente junto?
- Eu precisei voltar o mais rápido possível! – Sem dar ouvidos a Tomás, ele caminhava angustiado ao encontro do neto. – Sei que foram até minha casa..
- Se aquilo pode ser chamado de casa, né? – Ao contrario do amigo, Diego estudava a cena o observando ainda, calado.
- Então quer dizer que você já morreu mais teve que voltar pra assombrar o mundo dos vivos? – Ele pedia atenção utilizando o poder de suas bem boladas ‘piadas’.
- Você não tem que buscar sua Vó que chega dentre de instantes? – Entendendo as mãos em outra direção, Leandro o fazia dar um passo pra trás.
- É, tem razão.. Eu.. Vou. – Ele o encarava confuso. – Já você Diego, qualquer coisa.. Me liga. – Sem deixar que ele respondesse, Tomás logo saia deslizando suas mãos atordoadas por sua cabeça.
-.. Será que agora.. Agente pode conversar? – Os cansados pedidos a fim de uma explicação, pareciam agora esgotados. - Que historia é essa do senhor não tá em cas..
- Sem tempo pra conversas meu filho já..
- Não me venha com desculpas, por favor! Chega vô! Só isso que eu escuto, não pode ser justo comigo! – Ele fechava a porta em uma só forte batida. – Olha bem isso!.. Olha ao redor!.. Cadê o povo desse estacionamento?! Isso é surreal! Eu.. Eu só posso estar sonhan.. Não tem ninguém aqui a não ser eu e você! Se é que o senhor seja um hu..
- Você não sabe o quão duro é te esconder tudo isso, você não imagina o quanto é difícil pra mim!.. – A voz perdia um pouco do seu foco enquanto ele chegava ao outro lado do automóvel.
- E a minha dificuldade de entender os novos acontecimentos?  Não parece ser o suficiente pro senhor ver que eu estou e vou continuar ficando, louco?! – Entre eles a bela e grande ‘maquina’ na cor preta destacava seu brilho.
- Já está tarde sei quanto o dia de vocês foi longo, cheios de revelações e surpresas..
-.. Sei que o senhor sabe de tudo que se passa.. Sabe todo o significado disso.. Pois então para de me fazer de bobo!.. Para de me fazer acreditar em coisas tão absurdas!.. – Aflito, mesmo avistando o avô ‘falando sozinho’, ele não deixava de expor seu desabafo. – To perdendo a noção do meu próprio juízo, cheguei a pensar que tudo isso, são anjos.. Anjos vô! Isso é sobrenatural, não pode existir!
- Talvez você esteja no caminho certo..
- Talvez eu precise saber qual o proposito da minha vida!.. Esclarece então minha missão! – Ele fechava os punhos.
- Oque você realmente precisa agora, é ir o mais rápido possível até sua casa!
- Como assim? – Ele se retraia franzindo o cenho.
- Diego.. Escute bem oque eu vou lhe dizer, por favor. – Leandro aproximava-se do neto, novamente. – Vocês.. Nada podem um sem o outro.. Você, em circunstancia alguma  pode ficar longe dela.. Vocês são parte um do outro, almas que se necessitam, que se conpreendem, consegue me entender? Que se completam por inteiro!.. Ela é a sua outra metade.. A mulher da sua vida.. Alias, de todas as suas vidas.. – Ele tocava leve sua mão, encarando seu tão sincero e puro olhar.  – Vidas passadas, amor de outras vidas.. Lembra? Sei que sente e disse isso a ela.. Pena que vocês, não puderam ter paz necessária pra aproveitar da ultima ve..
-.. Da ultima..? – Ele deixava a testa firmada ao carro. – Então o senhor sabe muito mais do que eu imagino, não é mesmo?
- Vocês tiveram a chance de se reencontrarem mais uma vez e recomeçar o que o seu maior inimigo fez questão de destruí séculos passados..
- Inimigo? – Ao invés das palavras do avô ajudar a clarear sua mente, ele mesmo confundia tudo.
- Não posso prolongar mais meu filho.. Pelo menos não agora, me desculpa eu ainda..
- Tudo bem, eu.. – Ele abria novamente a porta sentando rapidamente ao confortável banco. – Por que não me contou que tinha se mudad.. – Trocando repentinamente de assunto para que assim evitasse mais aborrecimentos, ele logo era surpreendido.
- Vim apenas lhe dizer que ela sofre.. – Ele olhava ao redor certificando-se que ainda tinha seu precioso tempo.
- Como assim ela sofre? – Diego arregalava os olhos saltando frente ele.
- Ela precisa de você mais do que nunca, por isso como disse tem de ir imediatamente pra casa!.. – Leandro o segurava pelos ombros, assim como ele.
- Quem fez mal pra ela? Me diz!
- Ela sofre por conta de St.. – Ele sussurrava de lagrimas nos olhos.
- Por conta de quem?
-.. Sei que hoje, você também sofreu por conta dela.. Vocês dois sofrem por St. – O vento gelado que passava por ali ‘espalhando’ os pequenos fios de seu cabelo, se intensificava fazendo com que ele, de repente, olhasse ao lado.
- Vá Diego! – Voltando o corpo a posição e forma que estava, a voz calma tocava seus ouvidos sem deixar que o dono dela mais, aparecesse.


'' ‘’ (...) Você é uma fraca! Perdeu sua personalidade há muito tempo! (...) – Suas mãos tremulas diante de si, não se decidiam mais qual função assumir.. Limpar as descontroladas lagrimas ou dominar firmemente o volante. – (...) Pra ser bem mais clara.. Desde aquele acidente! (...) – O pé sobre o acelerador era cada vez mais ‘judiado’. – (...) Só eu pude ver seu sorriso quando descobriu... O destino arrancou de você sua grande e única chance de provar pra si, que não serve pra nada! (...) – A velha pista de algum modo chamava sua atenção. – (...) Ele não podia ter feito uma escolha melhor, não acha? (...) - Mais seus olhos devidamente embasados, não se importavam com mais nada. - (...) Você é incapaz de fazer ou amar qualquer coisa! Quanto mais em ser MÃE! Por que vamos e viemos, não é mesmo?! Ninguém consegue imaginar uma cena dessas! Você recebendo o titulo de ‘melhor mãe do mundo’ Já parou pra pensar? Coitado do Diego.. (...)’’ – Levando as mãos desesperadas até o encontro do seu rosto, ela definitivamente esquecia tudo a sua volta.. Sem mais tempo de lembrar que a estrada, não se esquecia dela. – NÃO! – Um forte e perturbador som, a recepcionava vindo violentamente em sua direção. ''

Continua..

2 comentários:

aaaaaaaaaaaaa disse...

caraca a web ta a cada dia mais interessante e me matando de curiosidade posta maiis *--------*

Anônimo disse...

maravilhoso o capitulo, ameiiiii, por favor me desculpe minha curiosidade e minha impaciencia mais posta mais rápido os capitulos. louca de vontade de ler muito mais. bjs lindas

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Florianópolis, Santa Catarina, Brazil
Bem vindos a Web Novela Roberta e Diego. Viaje junto com agente na historia desse grande amor. Escrita por Gabriela Medeiros & Stefane Barcelos.