topbella

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Capitulo 63 - Do mesmo jeito que eu.

... O pequeno envelope de letra elegante, continha suas poucas informações frente e verso chamando ainda sim sua atenção logo que vira quem era o remetente. ..
- A Eva mandando carta pra filha? – A folha era aproximada a forte luz. – Não.. Não pode ser ela a culpada por tudo isso, pode? – Enquanto segurava o corpo estranho, a ida ao banheiro já era esquecida. – Ela me pega! – Diego esmurrava a própria perna, silenciosamente. Mesmo sem saber o que as palavras da sogra diziam, ele conhecia muito bem a namorada que tinha.
Novas mensagens, Carla Ferrer.
O inocente aparelho anunciava novamente. De cenho franzido, ele analisava o criado mudo dela, a poucos passos dele. Até o outro lado, seus pés se manteriam descalços o ajudando então a evitar qualquer tipo de barulho.
Abrir. / Ocultar. / Responder. / Chamar Carla Ferrer.
As opções lhe pareciam muitas, mais ele só queria uma.
Abrir.
‘’.. Uma dose media de calmante a fez voltar a terra.. Assim que tivermos o raiar do dia.. Sairemos daqui imediatamente.. Ah eu não consegui falar com o Pedro, só cai na caixa.. Bom agora ela dorme.. Ou pelos menos dormia..’’

Confuso, ele entre olhava ela em meio a cada palavra.
Voltar. / Caixa de entrada.
A frase em negrito destacava-se, sem dar importância a todas as outras.
Abrir.
‘’ Bom Robs.. Nem sei por onde começar mais.. Podia ser dizendo pra você.. Desabafar essa dor que você tá sentindo, com ele... Pois, pedi perdão por ela.. Não vai ser a mesma coisa.. Só tenta entender que.. Ela não tava em sã consciência... Tudo que ela te disse foi da boca pra fora, sem valor.. E não há nada do que eu posso ter mais certeza no mundo inteiro.. Você vai ser a melhor mã..’’
Ele começava a compreender, necessitando agora do final da frase.
- Você vai ser a melhor ...?
Voltar. / Caixa de entrada.
Abrir.
‘’.. O Pedro mandou sms avisando.. Acabou de embarcar sem especificar o destino, com uma passagem só de ida.. Te amo. ‘’
- Pedro? – Ele sussurrava surpreso.
Voltar. / Caixa de entrada. / Sair.
Sair.
Ele deixava a suíte com o lustre principal apagado, mais de abajures acessos.


- .. Posso entrar? – Na rápida passada até a cozinha, ela voltava otimista com o progresso da amiga. – Eu.. Eu trouxe uma fruta.. – Alguns segundos depois, pela terceira vez, plantada em frente à entrada, Carla já perdia as estribeiras. – Oque tá acontecendo ai dentro? .. Por que você chaveou aqui? ..Alice eu vou arrombar! – Ela apelava a gritaria. – ABRE ALICE! AG.. – No mesmo instante, a dona do ‘sarcasmo’ parecia frente a ela, a deixando chocada.
- O que.. O que foi isso?! – De porta escancarada, ela rodopiava em meio ao quarto. – Pensei que o remédio enfim tinha te acalmado, ou pela demora, te matado!
- Pelo contrario!
- Eu te fiz uma pergunta! – Carla a sacudia, seriamente. – Precisava de tudo isso? – O picotado cabelo de Alice chamava enfim sua atenção. - OQUE FOI QUE VOCÊ FEZ MENINA!? Seu cab..
- ME DEIXA, ME PERDE, ME ESQUECE, ME ERRA CARLA! – Seus olhos queriam saltar do próprio rosto.
- Eu tirei de perto tudo que pudesse te fazer mal e.. – Ela olhava ao redor de mãos na cabeça. -.. Perai.. Você... Você me.. Me traiu..
- Caramba, você demorou pra entender, não?
- Me chamou aquela hora pra.. Você me disse que tava com fome.. Você mentiu pra mim!
- É assim mesmo como se trata uma legitima ignorant.. – A palma de sua mão grudava bruscamente sua face num tapa, estralado.
- Cala.. – Sua voz seguia tremula. – A boca! – Carla dizia de olhos arregalados. – Se você acha que me chamou aqui, pra vê se consegue me humilhar como fez com ela... Vai ser assim que as coisas por aqui iram funcionar.. – Ela a encarava enfurecida, enquanto Alice mantinha as mãos pressionando uma das bochechas. – Eu juro que se pudesse.. Não olhava mais pra essa sua cara..
- Eu nunca te implorei por ajuda.. – Os olhos dela se enchiam das 'falsas' lagrimas.
- Eu queria poder.. Poder pisar em você da mesma forma que você fez com ela... Mais ai eu acabo descobrindo que.. O que você fez foi desumano.. Golpe baixo!.. - Carla a lançava sobre a cama.
- Desculpa mais agora? Eu sinceramente me comovi.. – Ela mexia irônica seu maxilar.
-.. Sabe o que mais me dói? É.. Acabar enxergando o que você realmente sente por ela..
- Paixão, sou completamente apaixonada!.. - Ela estendia os braços.
- Não.. – Ela negava, sorrindo fracamente. – Quem dera que fosse.. O que você sente, é a mais pura inveja!
- Nossa! Já pensou em se tornar vidente?
- Por ela ter escolhido ser feliz usufruindo tão pouco.. Enquanto você? Prefere viver sob um palácio, tornando-se a mais completa infeliz! - Ela a olhava indiferente.
- Isso é você quem tá dizendo! - Alice fazia a pausa dramática. - Não vai chorar? Por que eu não to resisitindo!
- Que fique bem claro aqui e agora que eu espero que essa, seja a ultima vez que você me dirija à palavra..
- Faço dessas, minhas palavras!
- Agente não havia se esbarrado, apresentado.. Mais nunca é tarde pra dizer.. – Alice logo franzia o cenho. – Desisto de você. – De uma forma ou de outra, aquilo tocava o coração dela, antes indestrutível. - To aqui do lado, indo pro quarto de um ser humano chamado, Roberta Messi, lembra? Pois é, ela foi embora hoje cedo, ser feliz.. Sabe o que é isso? ..Ah não desculpa, você não sabe do que to falando, até por que todo o tempo, você demostrou ser incapaz de amar ou fazer questão de alguma coisa, a sua volta. – Ela virava-se parando ainda de costas, frente a porta. – Em quanto a você Alice? ..Quando voltar, me chama.

Abrindo a geladeira, Diego não se permitia desgrudar os olhos daquele nome. O som da agua adentrando o copo se tornava perceptível de acordo com o silencio que a hora lhe proporcionava. E ele? Após um belo gole, rasgava pacientemente sobre o balcão cada pedaço que a lateral do resistente envolto o apresentava.
- Tá sem sono? .. – De braços cruzados, ao fim do corredor, ela recostava o braço na parede. – Só não gritei por você, por que entendi que nunca mais me deixará sozinha.. – Com o susto ao ouvir sua voz inesperada, Diego esbarrava no copo a tempo da situação ser controlada.
- O meu amor.. – Partindo pra sala, com uma das mãos ele amassava ‘desesperadamente’ o papel no bolso. – Desculpa eu vim só tomar uma agua e acabei perdendo a noção do tempo..
- Tudo bem, eu.. Eu quem deveria ter ficado lá é que.. Do seu lado eu.. Fico mais segura.. – O vendo de braços abertos, sensível ela aceitava mais do que nunca seu gesto. – Por isso resolvi vim te procurar.. – Ela beijava seu ombro.
- Tá melhor? Mais calma?
- To bem melhor, super mais calma pode ficar tranquilo eu.. Antes.. Não sei o que me deu.. Deve ter sido saudade.. Ou fome. – Decidida, logo após recobrar seu estado normal de consciência, ela havia prometido a si não o preocupar com ‘seus’ problemas.
– Não foi o que me pareceu quando eu cheguei em casa.. – Mordendo os próprios lábios, ele a percebia ainda de vestes desconfortáveis. – Foi tudo tão rápido que..
- É eu sei.. Quando cheguei, só queria te ver e..
- Nada mais natural do que sair correndo aos prantos pra cima de mim.. É você faz isso todos os dias. – Em questão de segundos, ela desgrudava dele.
- Se tá querendo dizer que não gosta que eu te receba pulando nos seus braços, na nossa própria casa, é isso? – O coração de ambos, batia mais forte.
- Não coloca palavras na minha boca! Eu apenas disse não pode ser normal você chorando daquele jeito! – Ela sorria irônica.
- Há! Ótimo! Risca um problema da sua lista, porque na sua frente eu não choro nunca mais! – Ela refazia os passos firmemente de volta ao quarto.
- Roberta, volta aqui!
- Já você atender minhas ligações é artigo de luxo, não? Tenho que te confessar, é uma delicia me deixar preocupada! – Ela abria o guarda roupa sob os olhares atentos dele.
- Eu confesso que quis matar o Tomás no primeiro momento mais.. – Ele havia conseguido arrancar seu primeiro sorriso, o que o fez involuntariamente fazer o mesmo. – Ele descarregou, a porcaria caiu à bateria! – Ele a via atravessar bravamente ao encontro do banheiro.
- Ah o Tomás descarregou?
- Não complica, to falando do celular agora.. Robert..! – Ela batida bruscamente a porta.
- Relaxa! Não vou dar uma de Carla!
– Acho que já passou da hora de termos uma conversa mocinha! Ou você acha que vai continuar mentindo ao dizer um simples ‘’tá tudo bem!’’. – Ele a imitava.
- Eu não minto, nem falo assim Diego Maldonado! – Ainda lá dentro, ela se defendia.  
- Se você estiver achando que eu vou esquecer o fato e não te perguntar mais, tá muito enganada!– Com uma longa camisola preta, ela voltava mais sexy do que ele mesmo podia imaginar. – Você acabou de admitir.. – Ele a trazia junto ao corpo, a segurando pelos braços. - Você tava com ela!
- Eu.. Eu tive com ela.. – Sem coragem de encara-lo, ela pronunciava cabisbaixa.
- E você tá com medo de desabafar suas coisas pra mim?
- Diego eu.. Não é medo.. – Olhando distante, ela parecia relembrar cada cena.
- Não vai olhar pra mim? – Ele erguia seu rosto pelo queixo.
- É que eu não consigo mentir se tiver olhando nos seus olhos.. – Eles se olhavam profundamente.
- Você tá fazendo o que eu to pensando! Me escondendo coisas.. – Ele se afastava de mãos na cabeça.
- Pra te preservar!
- Do que? – Eles se encaravam. – Te proteger? Te ajudar?
- Não quero que você se aborreça mais ouvindo o complicado lado da minha vida!..

- Da sua vida? Achei que ela fosse nossa, bom saber!
- E ela é nossa mais, eu sei que tá difícil pra você também com o seu avô e..
- Isso não é desculpa!.. Até porque eu já sei de parte do assunto que por você ainda nem foi devidamente começado!.. – Ele jogava sobre a cama, seu aparelho celular seguido do amassado envelope branco. – Vai continuar se fazendo de forte?
- Você me conhece o suficiente pra saber da minha resposta..
- Será que a partir de agora, eu vou ser obrigado a ter de vasculhar feito um louco a casa inteira só pra poder saber o que se passou no seu dia?
- Você sabe que quanto o assunto são problemas, sempre foi o primeiro, a saber. – De nervos a flor da pele, a primeira discussão na ‘própria casa’ não era nem percebida.
- É? Nesses últimos tempos, não é o que eu tanto enxergo.
- Um mundo de problemas tá desmoronando feito granada sobre a gente Diego! – De sobrancelhas arqueadas, ela relutava contra a sua promessa.  
- E desde quando isso vai ser difuculdade, se tivermos um ao outro? – Virando-se de costas a ela, Diego ‘arrancava’ os cabelos respirando fundo.
- Eu.. Só não queria te preocupar... – Ela sentava a beirada da cama. – Chegar até você daquele jeito foi.. Mais forte do que eu.  – De mãos na cintura, cabisbaixo ele esfregava vez ou outra o nariz.
- Eu sei que não sou seu melhor am...
- Ei! Que historia é essa? – Rapidamente ela reaproximava-se. – Pra mim você é muito mais que isso, meu amor..
– Ela firmava as mãos sobre a cintura dele. – Oque agente tá passando, é muito complicado pra ceder assim.. – Eles entrelaçavam suas mãos. – Seu dia também não foi fácil.. – Diego desviava o olhar do dela. – E não precisa tentar me fazer acreditar que eu to errada.. – Ela o ‘buscava’ de volta. – No fundo? Você se sente, da mesma forma que eu.. Correndo num túnel, fugido de novos episódios.. Sem coragem de chegar até o outro pra dividir, ou somar nossos novos problemas.. – Com os olhos novamente nos seus, agora ele a entendia perfeitamente. – Eu.. Eu me equivoquei, me desesperei e.. Tenta se por no meu lugar, vai.. Nunca imaginei que prestes a chegar em casa, receberia mais uma baita rasteira.. E deixar tudo aqui.. Dentro de mim, trancado.. É minha pior tarefa. – Uma só lagrima escorregava por entre um lado da face. – Não quero.. Te ver sofrer. – Emocionado, ele a trazia contra o peito.
- Somos um só coração.. – Ele beijava demoradamente seu pescoço, a aninhando nos braços. – E eu posso sentir, tudo que você já sente.




Continua..

2 comentários:

Anônimo disse...

posta o resto por favor ........

aaaaaaaaaaaaa disse...

maiiiiiiiiiiiiis :)

Postar um comentário

Minha foto
Florianópolis, Santa Catarina, Brazil
Bem vindos a Web Novela Roberta e Diego. Viaje junto com agente na historia desse grande amor. Escrita por Gabriela Medeiros & Stefane Barcelos.