E o que amigos de verdade não fazem pra te ver bem?
O que os verdadeiros deixam de lado simplesmente pra te ver sorrir por um
instante que seja?
Esses seres
são iluminados, mais infelizmente não é toda hora que agente tem o prazer de
encontra-los em qualquer esquina da vida... Eles são raros!..
Como se
fossem projetados pra nascer de cem em cem anos... E se a vida chegar a bater a
sua porta, com esse belo presente em mãos... Deixa-a entrar! Sendo assim ela pode te guiar através do
caminho certo da árdua procura do ‘’anjo da guarda’’, deixa seu corpo livre,
seu coração leve sem sombra de duvidas... Pois ter o privilegio de esbarrar com
essa oportunidade, pode se ter certeza que és um vencedor, conquistastes um
grande objetivo de um ser humano.
Acredite no destino, ele nunca se engana... E quando
esse momento enfim chegar, nem se de ao trabalho de pensar duas vezes... De
peito aberto o abrace, com toda força que puder... Você nunca mais vai está
só... Do seu lado vai ter sempre alguém pra dividir seus momentos de dor e
comemorar os de alegria...
-... Vem... Calma... Vai devagarinho... –
Sussurrando, Carla leva Roberta arrastando ainda sonolenta pela frente.
-... Eu ainda to dormindo... – Ela dizia com os
olhos quase se fechando. Com ajuda da amiga, elas se aproximavam cada vez mais
da cama de Alice que custou a pegar no sono na noite anterior.
-... 1.. 2. 3... – Pé em pé cada uma se posicionou
de um lado da cama. – ACORDAA BELA ADORMECIDA! – Elas falam em coro. Surpresa
com as vozes animadas ao seu redor, Alice tira imediatamente a mascara que
evitava a claridade bruta em seus olhos, rapidamente ela os arregala enquanto
se apoiava sobre os cotovelos. Dani por sua vez já tinha feito seu trabalho e
preparado o pedido das amigas, aprontando um belo café da manhã com tudo que a
donzela mimada tinha direito.
- Roberta? Que milagre é esse? – Ela se apavora. –
Como que você conseguiu Carlinha?
- Tenho os meus meios!
- Chantagem emocional isso sim! – Pegando a bandeja
sobre a cômoda, Roberta se diz ‘’a menina sem coração’’.
- Ah tá bom! Foi nada, ela quem deu a ideia! – O
sorriso largo de orgulho que se forma em seus lábios é instantâneo, enfim Alice
pensa ‘’Roberta não era um caso perdido em relação a sentimentos’’.
- Tá, tá... – Ela se senta ao seu lado. – Eu admito
que você mereça!
- Que lindo! – Alice se deslumbra. - Pra mim
meninas?! Que coisa linda... Vocês realmente querem me fazer chorar assim tão
cedo?
- Tão cedo?! A Dani ficou louca da vida por que
agente pediu pra ela fazer café na hora do almoço! – Carla solta sua famosa
gargalhada.
- A cara dela foi a melhor!
- Mais e ai não vai comer? – Roberta arruma os
mínimos detalhes de repente voltando seu olhar pra amiga que a encara
espantada. – Em Alice? Que foi?
- O Carla tem certeza que isso não é um holograma? –
Enquanto fala ela a cutuca no braço. –... E tipo a Robs tá lá no quarto dela
contando carneirinhos?
- Ei, também não sou nenhum mostro não!
- Eu sei que não... – A mão de Alice chega
rapidamente até o rosto dela.
- Humm isso tá com uma cara ótima! – Carla se
aproxima ‘roubando’ dois morangos da pequena tigela.
- É deu pra perceber, a Roberta não para de beber o
meu suco!
- Claro se fica ai tagarelando em vez de comer!
- Daqui é meu! – Ela fala dengosa tentando pegar o
copo da mão de Roberta que ria em meio a goladas.
- Para vocês duas, daqui a pouco agente faz a maior
bagunça derramando tudo em cima da cama! – Carla as repreende.
- Ai não nos meus lençóis limpíssimos não! – Alice
paralisa surtando de vez.
No mesmo instante, Roberta encara Carla com um olhar
de dever cumprido.
O objetivo te tentar faze-la esquecer da situação
que se encontrava havia dado certo. Por um minuto que seja ela voltou a ser o
que sempre foi.
- Olha só as minhas meninas... Aqui comigo ao invés
de estar com seus namora... – Após Roberta lançar um olhar que a fez recordar a
situação atual de uma delas, Alice muda rapidamente as palavras deixando Carla
cabisbaixa.
- Digo, deixando de estar com o Diego pra ficar aqui
torrando sua paciência comigo, né Robs? Por que a Carlinha já é mais calma, né
amiga?!
- É... Sou! – Ela suspira.
- Bom... Vale a pena fazer tudo isso só pra ver um
sorriso brotar nesse seu lindo rosto... – Alice se espanta ficando de queixo
caído.
- Oque foi que você disse? – Fingindo não ter
escutado, ela rapidamente se faz de boba achando que a amiga realmente iria
repetir.
- Banho! – Roberta se levanta saindo correndo na
direção da porta.
- Eu primeiro! – Carla sai atrás da amiga pelo
imenso corredor do segundo andar.
- Ei espera ai... – Ao terminar de falar nem
adiantava mais, as duas já haviam sumido dentre os grandes cômodos da mansão.
–... Acho que eu me esqueci de dizer, ao menos mais uma vez... Obrigada... –
Ela sussurra serena fazendo uma pausa de mais alguns instantes. –... Por vocês
existirem! – Ela pega a flor do vasinho, a beija e se delicia com os morangos
que ainda restavam na pequena tigela. Deixando um pouco de lado a culpa que a
corroía.
- Qual a parte 'Tomás volta aqui' ele não entendeu?!
- Aonde esse maluco se meteu... – Diego caminha ao
lado de Pedro olhando ao redor da movimentada avenida. – Mais essa agora!
- Eu ainda não entendi que ‘mulher’ é essa que ele
foi atrás!
- Nem eu sei direito quem é! – Em cada palavra dita,
Diego prestava atenção em tudo ao redor deles.
- Vamos fazer o seguinte, você vai por esse lado que
eu vou por esse... Caso acontecer alguma coisa no meio do caminho, agente se
comunica pelo celular, pode ser? – Apertando firme a mão do amigo eles se olham
nos olhos decididos.
- Ok, daqui a meia hora agente se encontra nesse
mesmo lugar... – E cada um vai para o
devido lado.
Após vinte cinco exatos minutos de procura, Pedro se
aproxima do local combinado com Diego, expressando no rosto a decepção. As
pernas quase não respeitavam os comandos do seu cérebro, insistindo em formigar
com um passo largo atrás do outro. Andando e exalando preocupação com o que
tinha acontecido até então com o amigo inevitavelmente, ele esbarra em alguém
fortemente.
- Opa! Desculpa eu nem vi que você ia atravessar...
– A garota sorri imediatamente.
- Sua namorada tá bem?
- Como assim? Você conhece a Alice? – Ele a olha
confuso e completamente assustado com a aparência calma com que ela invadia seus
olhos. – Quem é você?
- Ela me disse que já escolheu os nomes e que tá
chutando cada vez mais... – Pedro arregala os olhos movimentando a cabeça pra
lá e pra cá não se conformando com as palavras vindas da moça. Como assim? Do
que ela estava falando? Não podia ser... Ela não podia ter acreditado nisso de
novo! – Tudo rodava, as pessoas eram duas, três ou até quatro num mesmo ser. Os
carros se multiplicaram de uma forma inexplicável e a criatura ainda olhava a
expressão do seu rosto em meia a gargalhadas.
- PEDRO! – A voz que de repente ecoa ali por perto
faz tudo aquilo parar no mesmo instante e ele vira bruscamente pra trás.
- Que isso cara? Que cara é essa? – Diego se
aproxima tocando logo seu ombro direito.
- Essa mulher... Ela... – Pedro volta seu olhar até
o lugar onde ela deviria estar, bem na sua frente.
- Que mulher? Do que se tá falando?
- Ela tava bem aqui, me disse uma coisa estranha
sobre a Alice... – As mãos suando frio vão parar em cima da cabeça. – Diz pra
mim que você viu... Diz pra mim que eu não to ficando louco! – Ele o olha
nervoso abrindo e fechando os punhos.
- Viu quem Pedro? Quando eu cheguei só tinha você
aqui...
- Agente precisa voltar agora! As meninas estão
correndo perigo! – Pedro voa na direção do carro estacionado. Diego nem pensa
duas vezes, Roberta vem em seus pensamentos no mesmo segundo, mais o sumiço do
amigo também o deixava desesperado.
- Mais e o Tomás? E se realmente tiver acontecido
alguma coisa com ele? – Diego vira a chave e o carro range o motor.
- Isso também tá me deixando louco... – Pedro puxa o
cinto o envolvendo em sua cintura.
- Com as três seguras com agente, procuramos ele...
– Diego arranca com o carro.
Depois do almoço, as três que continuam sentadas a
mesa enfrentam o silencio que chega de repente. Cada uma olha perdida em um
certo canto como se temessem ou até mesmo previssem algo de ruim acontecer a
qualquer momento. Roberta batia os dedos na mesa impaciente, Carla roía as
unhas que ainda restavam e Alice desembaraçava uma parte do cabelo que caia
sobre seus ombros. Desenformando o coque que havia feito, Roberta levanta sem
cerimonia com nenhuma delas esperando sua ação, causando lhe um susto inevitável.
- Chega! Eu to muito preocupada...
- Duas! – Carla diz ainda com a unha do polegar
esquerdo entre os dentes.
- Tá agora fiquei tensa!
- Nenhuma ligação... Nenhuma ligação... – Roberta
anda de um lado e outro com a voz tremula.
- Vamos tentar manter a calma... Ficar ner..
- Eu vou ligar pro Diego.. Agora! – Ela corre até a
escada subindo como um furação. Em segundos Roberta já se encontra caminhando
pelo corredor, revirando cada cômodo que passava em frente à procura de seu
celular. Eram almofadas ao alto, papeis sobre o criado mudo flutuando pelos
ares como penas e logo caindo ao chão. Ao fim de cada ato, nada de
encontra-lo.
Entrando em desespero ela chega a seu quarto
resmungando. Olha de um lado, de outro, revira daqui, dali e arrancando tudo de
cima da escrivaninha que ela avista o aparelho sobre a própria intacto.
- Até que enfim, achei! – Ao lado seu notebook a
surpreende. Um aviso inesperado informando que um novo e-mail acaba de chegar à
deixa encabulada.
Sem rodeios e com a curiosidade invadindo seu peito, Roberta de uma forma desajeitada
e completamente descontrolada senta na cadeira que a deixa de frente a tela. Cara a cara com o mistério seu cenho franze
tão logo quanto uma das mãos que vão parar sobre sua boca. Uma expressão
assustadora pede passagem tomando conta de toda sua face rapidamente. As
palavras a fazem apertar as vistas. O remetente? Anônimo.
- Ai meu Deus...
Continua...
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