domingo, 16 de setembro de 2012
Capitulo 57 - Tipo, vidas passadas?
... No que foi que ele se transformou? ... Suas
regras haviam sido ‘definitivamente’ ultrapassadas. .. Seus pensamentos o
permitiam acreditar em si.. Nada além dele falaria a verdade.. Nada além dele o
faria entender. O ‘dever’ lhe pedia passagem, tinha o livre árbitro em dizer e
fazer o que bem entendesse.. Até mesmo tranca-la no quarto. Afinal, por que
não? .. ‘’Eu sou o Pai’’. .. Ela deixar aquela casa?! .. Só por cima de seu ‘cadáver!’.
.. Poder ouvir dela aquela frase o fez rapidamente, perder de vez as
estribeiras!.. Transformando aquele momento, o suficiente para que pudesse
enfim, desconhecer seus próprios limites. ... Chega de esconder quem sempre foi,
aquele seria sim seu método, que estaria disposto a mantê-la por perto o tempo
que fosse.
A campainha pede atenção, e ele logo sem pensar duas vezes, cogita seu chamado. – Dan.. – O individuo mostrava-se impaciente.
- Tem como ter pouco m... Ah Claro! .. – Ao vê-lo, ele se ‘conformava’. – Não podia ser diferente, Pedro. – Próximo a ‘saída’, Franco já mantinha firme a expressão, sem quaisquer ‘emoção’.
- Vejo que acordou de bom humor!.. – Ele retribuía a simpatia.
- Você pode assistir como poucos minha manha de camarote!.. – Propositalmente, ele bloqueava sua passagem.
- Vim ver quem realmente me interessa!.. Será que podia ao menos fazer o favor de sua licença? – Pedro ‘reverenciava’ debochado.
- Oque eu tenho pra te dizer, não cabe à necessidade de precisar entrar.. – Deixando pra trás a porta encostada, ele concentrava-se na melhor de suas desculpas.
- Eu gostaria que me deixasse realizar m... – Instantes antes de ouvir dele as cruéis palavras, Pedro parecia disposto a enfrenta-lo. - Quer ir atrás de uma pessoa, que insiste em não lhe dar nenhum tipo de satisfação?
- Oque quis dizer com isso? – Sua aparência esperançosa por fim, ‘’morreu’’.
- Acredito eu que minha filha numa hora dessas... Esteja sobrevoando os ‘céus’ da cidade maravilhosa!. – Franco não pensava as consequências.
- Perai.. Perai!.. – Rapidamente, ele balançava a cabeça em tom de negação. - Você tá querendo dizer que a Alice viajou sem me dizer, absolutamente.. Nada?! – Ele permanecia incrédulo. – Não estamos falando da mesma pessoa!
- Hora, hora, hora! .. Quem você pensa que é pra ela ter de te comunicar onde ela bem entende ir?!
- Namorado dela, muito prazer! – Ele ironiza.
- Ao invés de criar piadinhas, que cá entre nós, não surte nenhum talento... Vá tratar de pensar em deixa-la em paz ou até mesmo de ganhar a vida diante de tantas oportunidades! De uma vez por todas realize algo que nesse momento.. Pudesse a deixar feliz.. Some do mundo!
- Ela disse isso?.. - Ele franzia o cenho, confuso.
- Ela cansou de um namorado feito você! Será que é tão dificil entender?! .. Pra você só oque te importa é o seu jeito acolherdor e simples de ser... Pena ainda não ter se ligado que vocês.. Ou melhor ela... Não possa te amar diante de tantas diferenças!
- Não fala o que você não sabe!.. Você não consegue medir o nosso am...
- Quer um conselho?! .. Destroi essa mundo que você construiu pra te-la.. Vai embora, acabou.. Ela sentiu pena em lhe dizer..
- Tava tudo bem hoje de man... - As mãos movimentavam-se bruscamente.
- 'Tava'!.. Dessa vez disse a palavra certa... Só esqueceu de mencionar que as pessoas cansam! ..
- Você não pode estar falando serio... - Ele imediatamente 'gela' ao sentir sua primeira 'pontada', como se viesse acreditar nos fatos, aos poucos.
- Não faz essa carinha... - Trata-lo assim, inventar toda essa historia, parecia fazer bem a ele. - Eu realmente vou ter de concordar com ela e te dizer que agora, você mais uma vez me transmite pena!.. Sabe.. Por que assim você finalmente faz ‘duas’ pelo preço de uma?! Ganha uma bolada quem sabe.. E torna-se alguém da altura que ela merece! – Franco ‘cuspia’ friamente. – Não um suburbano que não sabe o que quer da vida! – Pedro já havia sido muito ferido... Para-lo? Intervim? Pra que?!... Nenhum ser na terra, destruiria a arrogância dele, pelo menos não agora. – Você não é ninguém!.. Ninguém perante os Albuquerque! ... Mostre a única chance de Alice ser feliz.. A deixando por completo, livre de você!.. Eu vou torcer muito pra que ela possa encontrar alguem que a ame e a de o mundo, nessa viagem. – A batida da porta pode ser ouvida em seguida, como uma inusitada avalanche.
- Como? – Roberta mantinha-se surpresa. – Anjos? – Eles ainda olhavam-se em meio ao reflexo do espelho.
- Bom... Eu não quero te forçar a dizer nada.. – Ele caminha pelo quarto, de mãos no bolso. – É só por que hoje eu praticamente tive essa certeza, quer dizer e.. – Ele parou frente à porta da sacada.
- Você tá se comportando como si.. Agente não se compreendesse, sabia? – Após refazer seus passos, junto a ele Roberta observava a ‘paisagem’ lhe ‘massageando’ as costas.
- Só não quis parecer louco... – Formava-se em seus lábios, o sorriso preferido dela.
- Eu não disse isso.. – Com mais de um palmo de diferença, na ponta dos pés ela beijava manhosa sua nuca.
- Nem respondeu minha pergunta.. – O toque dela mostrava ter um certo poder sobre ele, que institivamente fechava os olhos.
- De uns tempos pra cá... Quem sabe..
- Olha só no que meu avô me faz pensar... – Ele virava-se passeando a face por seu pescoço. - Em talvez acreditar que existam ''pessoas''... Que possam a todo instante estar nos protegendo.. - Apesar do tom de voz ao falar, formando a frase sem pensar, aquilo era sim, o que apartir de agora ele passava a crer.
-... Ele chegou há um pouco mais de uma semana... É natural nos fazer pensar em coisas novas.. – As mãos dele, continuavam sua árdua busca ao encontro da cintura nua dela.
-.. Sabe.. – O leve beijo no topo da cabeça era dado.
- Hum.. – Ela se dizia interessada.
- Desde quanto toquei nele pela primeira vez... – Enquanto ela fechava ‘suas’ belas cortinas, ele direcionava-se a cama ainda bagunçada. – Pude ver... Flashs... Momentos que eu passei ao seu lado... Mais consigo entender que me pareceu não ter sido nessa vida.. – Ela o olhava de olhos arregalados, aproximando-se.
- Tipo, vidas passadas? – Ajeitado sobre o ‘seu’ travesseiro, ela a esperava de braços abertos.
- Exatamente. – Ela aconchegava-se de mãos grudadas ao peito nu dele. –.. Eu tenho o direito de saber, não acha?.. Tudo que ele sabe sobre mim...
- Me parece que, não é só isso que tá te deixando encabulado, né? - Ela ergueu-se no intuito de olhar em seus olhos.
- Segundo ele.. Tenho uma missão a cumprir.. – Ele respondia, distante. - Cheguei perto dos meus dezenove anos, pra descobrir um titulo?! ... ''Tenho uma missão''.
- Missão? – Ela arqueou as sobrancelhas.
- É.. Pra variar, ele não podia me deixar a par de nada...
- E você deve estar achando que pode ter sido essa, de hoje de manhã? – Ele a olhou surpreendido.
- Como você...
- Ter ajudado seu irmão num momento de aflição? - As batidas do seu coração podiam sim, serem ouvidas.
- Po... – O celular no criado mudo, anunciava uma ligação.
- O seu ou o meu? – Ela olhava ao redor.
- O meu.. – Inclinando-se ele logo avistava o aparelho ‘alegre’ ao lado. – Ué.. – O identificador parecia nítido.
- Quem é? – Curiosa, ela jogava-se novamente por completo em seus braços. – Prestes a responder e atender, um chamado em frente é ouvido. – ‘’Tem como abrir a porta, ou vai me deixar chegar ao térreo por aqui mesmo?!’’. – Tomás? – Ela dizia incrédula o encarando. – ‘’Vem logo meu filho!’’.
- Ah meu Deus, vai logo antes que ele chame atenção da vizinhança inteira!.. – Eles logo ‘saltaram’ da cama.
- Como é que você encontrou o andar? – Ele caminhava até a porta. – ‘’É pra você ver, que não sou só eu que vivo rodeado por vizinhas fofoqueiras!’’
- Cadê a Carla? – ‘Olho no olho’ era é primeira pergunta a ser feita.
- Nossa ‘oi’ pra você também e tava morrendo de saudade. – Ele entrava porta adentro. – E a Carla?! .. Me mandou dar uma volta!..
- Dar uma volta? - Ele repitia confuso.
- Tá ela me deixou plantado, sozinho, na sala melhorou?
- Você quem tá dizendo.. – Ao fechar a porta, alguém em frente seguia abismada com 'tamanha' ousadia.
- E ai Robs! – A amiga ‘terminava’ o corredor.
- Oque conversamos sobre esse tal de, ‘’Robs’’? – Ele fazia as aspas.
- Fala Betinha! – Ele abraçava a amiga que olhava Diego em meio a gargalhadas.
- Larga! – Ele a trazia pra si atrapalhadamente.
- Ciumento!.. – Tomás fingia a ‘ofensa’ apertando as vistas.
- Tá ok!.. Bateu saudade, eu sei e você veio aqui pra encher meu saco.. Acertei?!
- Preciso de um favor seu meu garoto! – Ele dizia eufórico a fim de esquecer os problemas. – No seu carro é claro!
- Que grande novidade! – Ele estendia as mãos ao 'céu'.
- Mais e a Carla, por que não a trouxe pra ficar comigo? – Deixando sobre seu colo as almofadas, ela os observava bem em frente.
- Ela te conta! – Ele é rápido. – Mais voltando ao que interessa, vai me ajudar? – Roberta piscará a ele.
- Fazer o que.. – Diego revirava os olhos. – Quer que eu te explique o porquê do nascer dos taxis? – Ela se divertia como poucos assistindo a cômica cena.
- Eles vieram da cegonha, não é mesmo?! .. Não por que se me fizer desacreditar de fadas eu nunca mais falo com você! – Diego virava as costas de mãos na cabeça. - Você sempre começa com aquele seu papinho da abobora, mais a minha preferida sempre foi a..
- Ah Tomás vê se me erra!
- Vê se não demora o Brande de Neve! – Ele esparramava-se no sofá, sem ter mais ao lado a companhia dela. – Esqueceu que a Dona Ofélia chega hoje? – Ele berrava ao vê-lo adentrar o corredor. – ‘’Fique tranquilo que lhe sobrará muito tempo pra curtir sua bela esposa!’’
- Cala a boca antes que eu me arrependa de ir com você! – Mesmo no quarto, eles ‘mantinham’ contato.
- Esposa? – Ela se recostava a porta de braços cruzados. – Quem falo que agente tá casado? - Mordendo os lábios loucos pra rir, ela o admirava trocar de roupa o olhando de cima a baixo por segundos. – ‘’Não estão? .. Ah!.. – Ele vasculhava a cozinha mesclando mordiscadas em uma maça. – Por que pra mim quem mora junto tá casadão!’’
- Tomás?! – Em meio aos fortes beijos do namorado, Roberta ‘dificultava’ sua rápida saída. – ‘’Hum..!’’ – E aquela sua ideia de morar no Alasca?
- A ‘meia’ hora atrás dizendo que me amava... – As lagrimas que relutavam em esboçar seus olhos, fazia seu tom de voz aumentar involuntariamente. – E.. E AGORA EM?! FEZ COM QUE EU ME SINTA UM LIXO! – No calçadão literalmente humilhado, Pedro seguia pedindo ao mar as respostas certas a tudo que acabará de ouvir.
- Você n.. – Desde que chegou ‘a seu’ canto desértico, não era a primeira vez que o próprio celular interrompia seu desabafo. .. De canto de olho, ele apenas ‘apreciava’ a indesejada melodia.
Mostrando-se irredutível, Roberta não se deixava por vencida, acumulando mais uma vez ao visor, ''7'' chamadas não atendidas.
- Atende menino, atende!.. – Com uma das mãos na cintura, ela rodeava a sala. – Droga! – O numero discado agora, pela vigésima vez era o dela. – Anda menina... - O semblante se fechava. - O que deu no telefone desse povo? – ‘’O numero chamado encontrasse desligado ou fora da área de cobertura, por favor, tente ma...’’ – Impaciente, o aparelho era lançado ‘ao’ longe. – Que ódio! Droga! – Sentando-se sobre o braço do sofá, as mãos simplesmente afundavam-se em meio aos desarrumados cachos. – Ah meu Deus.. Onde será que ela se meteu, se nem mesmo ele deve sab.. – O mais desejado ‘toque’ lhe surpreendia.
- Graças a Deus seu louco! .. Poxa custava me atender?! - Ela o repreendia. - O que houve?
- Olha se você vier falar sobre Alice...
- .. To preocupada com ela que não me liga e muito menos me aten..
- Você preocupada com ela? .. Tá perdendo seu tempo!.. - Ele ao menos conseguia sorrir irônico.
- O que disse? – Na sacada, ela chocava-se com a frieza dele.
- Olha, eu.. Não liguei pra falar como ou onde ela está.. Até por que não saberia lhe dar a resposta certa.. – A voz entre cortante dele buscava ar puro respirando fundo.
- Pedro do que você tá falando? - Ela arregalava os olhos levando uma das mãos ao coração já acelerado. - Fala! Não esconde as coisas de mim!
- Simplesmente não a reconheci... E até agora não pude assimilar a pessoa que eu amo as falas...
- O que aconteceu com ela? - A chave dourada vinha sendo deslizada pelo balção.
- Sabe aquela sua menina?.. A sua Alice? ... Me humilhou e em seguida viajou..
- Como?
Continua...
A campainha pede atenção, e ele logo sem pensar duas vezes, cogita seu chamado. – Dan.. – O individuo mostrava-se impaciente.
- Tem como ter pouco m... Ah Claro! .. – Ao vê-lo, ele se ‘conformava’. – Não podia ser diferente, Pedro. – Próximo a ‘saída’, Franco já mantinha firme a expressão, sem quaisquer ‘emoção’.
- Vejo que acordou de bom humor!.. – Ele retribuía a simpatia.
- Você pode assistir como poucos minha manha de camarote!.. – Propositalmente, ele bloqueava sua passagem.
- Vim ver quem realmente me interessa!.. Será que podia ao menos fazer o favor de sua licença? – Pedro ‘reverenciava’ debochado.
- Oque eu tenho pra te dizer, não cabe à necessidade de precisar entrar.. – Deixando pra trás a porta encostada, ele concentrava-se na melhor de suas desculpas.
- Eu gostaria que me deixasse realizar m... – Instantes antes de ouvir dele as cruéis palavras, Pedro parecia disposto a enfrenta-lo. - Quer ir atrás de uma pessoa, que insiste em não lhe dar nenhum tipo de satisfação?
- Oque quis dizer com isso? – Sua aparência esperançosa por fim, ‘’morreu’’.
- Acredito eu que minha filha numa hora dessas... Esteja sobrevoando os ‘céus’ da cidade maravilhosa!. – Franco não pensava as consequências.
- Perai.. Perai!.. – Rapidamente, ele balançava a cabeça em tom de negação. - Você tá querendo dizer que a Alice viajou sem me dizer, absolutamente.. Nada?! – Ele permanecia incrédulo. – Não estamos falando da mesma pessoa!
- Hora, hora, hora! .. Quem você pensa que é pra ela ter de te comunicar onde ela bem entende ir?!
- Namorado dela, muito prazer! – Ele ironiza.
- Ao invés de criar piadinhas, que cá entre nós, não surte nenhum talento... Vá tratar de pensar em deixa-la em paz ou até mesmo de ganhar a vida diante de tantas oportunidades! De uma vez por todas realize algo que nesse momento.. Pudesse a deixar feliz.. Some do mundo!
- Ela disse isso?.. - Ele franzia o cenho, confuso.
- Ela cansou de um namorado feito você! Será que é tão dificil entender?! .. Pra você só oque te importa é o seu jeito acolherdor e simples de ser... Pena ainda não ter se ligado que vocês.. Ou melhor ela... Não possa te amar diante de tantas diferenças!
- Não fala o que você não sabe!.. Você não consegue medir o nosso am...
- Quer um conselho?! .. Destroi essa mundo que você construiu pra te-la.. Vai embora, acabou.. Ela sentiu pena em lhe dizer..
- Tava tudo bem hoje de man... - As mãos movimentavam-se bruscamente.
- 'Tava'!.. Dessa vez disse a palavra certa... Só esqueceu de mencionar que as pessoas cansam! ..
- Você não pode estar falando serio... - Ele imediatamente 'gela' ao sentir sua primeira 'pontada', como se viesse acreditar nos fatos, aos poucos.
- Não faz essa carinha... - Trata-lo assim, inventar toda essa historia, parecia fazer bem a ele. - Eu realmente vou ter de concordar com ela e te dizer que agora, você mais uma vez me transmite pena!.. Sabe.. Por que assim você finalmente faz ‘duas’ pelo preço de uma?! Ganha uma bolada quem sabe.. E torna-se alguém da altura que ela merece! – Franco ‘cuspia’ friamente. – Não um suburbano que não sabe o que quer da vida! – Pedro já havia sido muito ferido... Para-lo? Intervim? Pra que?!... Nenhum ser na terra, destruiria a arrogância dele, pelo menos não agora. – Você não é ninguém!.. Ninguém perante os Albuquerque! ... Mostre a única chance de Alice ser feliz.. A deixando por completo, livre de você!.. Eu vou torcer muito pra que ela possa encontrar alguem que a ame e a de o mundo, nessa viagem. – A batida da porta pode ser ouvida em seguida, como uma inusitada avalanche.
- Como? – Roberta mantinha-se surpresa. – Anjos? – Eles ainda olhavam-se em meio ao reflexo do espelho.
- Bom... Eu não quero te forçar a dizer nada.. – Ele caminha pelo quarto, de mãos no bolso. – É só por que hoje eu praticamente tive essa certeza, quer dizer e.. – Ele parou frente à porta da sacada.
- Você tá se comportando como si.. Agente não se compreendesse, sabia? – Após refazer seus passos, junto a ele Roberta observava a ‘paisagem’ lhe ‘massageando’ as costas.
- Só não quis parecer louco... – Formava-se em seus lábios, o sorriso preferido dela.
- Eu não disse isso.. – Com mais de um palmo de diferença, na ponta dos pés ela beijava manhosa sua nuca.
- Nem respondeu minha pergunta.. – O toque dela mostrava ter um certo poder sobre ele, que institivamente fechava os olhos.
- De uns tempos pra cá... Quem sabe..
- Olha só no que meu avô me faz pensar... – Ele virava-se passeando a face por seu pescoço. - Em talvez acreditar que existam ''pessoas''... Que possam a todo instante estar nos protegendo.. - Apesar do tom de voz ao falar, formando a frase sem pensar, aquilo era sim, o que apartir de agora ele passava a crer.
-... Ele chegou há um pouco mais de uma semana... É natural nos fazer pensar em coisas novas.. – As mãos dele, continuavam sua árdua busca ao encontro da cintura nua dela.
-.. Sabe.. – O leve beijo no topo da cabeça era dado.
- Hum.. – Ela se dizia interessada.
- Desde quanto toquei nele pela primeira vez... – Enquanto ela fechava ‘suas’ belas cortinas, ele direcionava-se a cama ainda bagunçada. – Pude ver... Flashs... Momentos que eu passei ao seu lado... Mais consigo entender que me pareceu não ter sido nessa vida.. – Ela o olhava de olhos arregalados, aproximando-se.
- Tipo, vidas passadas? – Ajeitado sobre o ‘seu’ travesseiro, ela a esperava de braços abertos.
- Exatamente. – Ela aconchegava-se de mãos grudadas ao peito nu dele. –.. Eu tenho o direito de saber, não acha?.. Tudo que ele sabe sobre mim...
- Me parece que, não é só isso que tá te deixando encabulado, né? - Ela ergueu-se no intuito de olhar em seus olhos.
- Segundo ele.. Tenho uma missão a cumprir.. – Ele respondia, distante. - Cheguei perto dos meus dezenove anos, pra descobrir um titulo?! ... ''Tenho uma missão''.
- Missão? – Ela arqueou as sobrancelhas.
- É.. Pra variar, ele não podia me deixar a par de nada...
- E você deve estar achando que pode ter sido essa, de hoje de manhã? – Ele a olhou surpreendido.
- Como você...
- Ter ajudado seu irmão num momento de aflição? - As batidas do seu coração podiam sim, serem ouvidas.
- Po... – O celular no criado mudo, anunciava uma ligação.
- O seu ou o meu? – Ela olhava ao redor.
- O meu.. – Inclinando-se ele logo avistava o aparelho ‘alegre’ ao lado. – Ué.. – O identificador parecia nítido.
- Quem é? – Curiosa, ela jogava-se novamente por completo em seus braços. – Prestes a responder e atender, um chamado em frente é ouvido. – ‘’Tem como abrir a porta, ou vai me deixar chegar ao térreo por aqui mesmo?!’’. – Tomás? – Ela dizia incrédula o encarando. – ‘’Vem logo meu filho!’’.
- Ah meu Deus, vai logo antes que ele chame atenção da vizinhança inteira!.. – Eles logo ‘saltaram’ da cama.
- Como é que você encontrou o andar? – Ele caminhava até a porta. – ‘’É pra você ver, que não sou só eu que vivo rodeado por vizinhas fofoqueiras!’’
- Cadê a Carla? – ‘Olho no olho’ era é primeira pergunta a ser feita.
- Nossa ‘oi’ pra você também e tava morrendo de saudade. – Ele entrava porta adentro. – E a Carla?! .. Me mandou dar uma volta!..
- Dar uma volta? - Ele repitia confuso.
- Tá ela me deixou plantado, sozinho, na sala melhorou?
- Você quem tá dizendo.. – Ao fechar a porta, alguém em frente seguia abismada com 'tamanha' ousadia.
- E ai Robs! – A amiga ‘terminava’ o corredor.
- Oque conversamos sobre esse tal de, ‘’Robs’’? – Ele fazia as aspas.
- Fala Betinha! – Ele abraçava a amiga que olhava Diego em meio a gargalhadas.
- Larga! – Ele a trazia pra si atrapalhadamente.
- Ciumento!.. – Tomás fingia a ‘ofensa’ apertando as vistas.
- Tá ok!.. Bateu saudade, eu sei e você veio aqui pra encher meu saco.. Acertei?!
- Preciso de um favor seu meu garoto! – Ele dizia eufórico a fim de esquecer os problemas. – No seu carro é claro!
- Que grande novidade! – Ele estendia as mãos ao 'céu'.
- Mais e a Carla, por que não a trouxe pra ficar comigo? – Deixando sobre seu colo as almofadas, ela os observava bem em frente.
- Ela te conta! – Ele é rápido. – Mais voltando ao que interessa, vai me ajudar? – Roberta piscará a ele.
- Fazer o que.. – Diego revirava os olhos. – Quer que eu te explique o porquê do nascer dos taxis? – Ela se divertia como poucos assistindo a cômica cena.
- Eles vieram da cegonha, não é mesmo?! .. Não por que se me fizer desacreditar de fadas eu nunca mais falo com você! – Diego virava as costas de mãos na cabeça. - Você sempre começa com aquele seu papinho da abobora, mais a minha preferida sempre foi a..
- Ah Tomás vê se me erra!
- Vê se não demora o Brande de Neve! – Ele esparramava-se no sofá, sem ter mais ao lado a companhia dela. – Esqueceu que a Dona Ofélia chega hoje? – Ele berrava ao vê-lo adentrar o corredor. – ‘’Fique tranquilo que lhe sobrará muito tempo pra curtir sua bela esposa!’’
- Cala a boca antes que eu me arrependa de ir com você! – Mesmo no quarto, eles ‘mantinham’ contato.
- Esposa? – Ela se recostava a porta de braços cruzados. – Quem falo que agente tá casado? - Mordendo os lábios loucos pra rir, ela o admirava trocar de roupa o olhando de cima a baixo por segundos. – ‘’Não estão? .. Ah!.. – Ele vasculhava a cozinha mesclando mordiscadas em uma maça. – Por que pra mim quem mora junto tá casadão!’’
- Tomás?! – Em meio aos fortes beijos do namorado, Roberta ‘dificultava’ sua rápida saída. – ‘’Hum..!’’ – E aquela sua ideia de morar no Alasca?
- A ‘meia’ hora atrás dizendo que me amava... – As lagrimas que relutavam em esboçar seus olhos, fazia seu tom de voz aumentar involuntariamente. – E.. E AGORA EM?! FEZ COM QUE EU ME SINTA UM LIXO! – No calçadão literalmente humilhado, Pedro seguia pedindo ao mar as respostas certas a tudo que acabará de ouvir.
- Você n.. – Desde que chegou ‘a seu’ canto desértico, não era a primeira vez que o próprio celular interrompia seu desabafo. .. De canto de olho, ele apenas ‘apreciava’ a indesejada melodia.
Mostrando-se irredutível, Roberta não se deixava por vencida, acumulando mais uma vez ao visor, ''7'' chamadas não atendidas.
- Atende menino, atende!.. – Com uma das mãos na cintura, ela rodeava a sala. – Droga! – O numero discado agora, pela vigésima vez era o dela. – Anda menina... - O semblante se fechava. - O que deu no telefone desse povo? – ‘’O numero chamado encontrasse desligado ou fora da área de cobertura, por favor, tente ma...’’ – Impaciente, o aparelho era lançado ‘ao’ longe. – Que ódio! Droga! – Sentando-se sobre o braço do sofá, as mãos simplesmente afundavam-se em meio aos desarrumados cachos. – Ah meu Deus.. Onde será que ela se meteu, se nem mesmo ele deve sab.. – O mais desejado ‘toque’ lhe surpreendia.
- Graças a Deus seu louco! .. Poxa custava me atender?! - Ela o repreendia. - O que houve?
- Olha se você vier falar sobre Alice...
- .. To preocupada com ela que não me liga e muito menos me aten..
- Você preocupada com ela? .. Tá perdendo seu tempo!.. - Ele ao menos conseguia sorrir irônico.
- O que disse? – Na sacada, ela chocava-se com a frieza dele.
- Olha, eu.. Não liguei pra falar como ou onde ela está.. Até por que não saberia lhe dar a resposta certa.. – A voz entre cortante dele buscava ar puro respirando fundo.
- Pedro do que você tá falando? - Ela arregalava os olhos levando uma das mãos ao coração já acelerado. - Fala! Não esconde as coisas de mim!
- Simplesmente não a reconheci... E até agora não pude assimilar a pessoa que eu amo as falas...
- O que aconteceu com ela? - A chave dourada vinha sendo deslizada pelo balção.
- Sabe aquela sua menina?.. A sua Alice? ... Me humilhou e em seguida viajou..
- Como?
Continua...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
10 comentários:
cap maravilhoso meninas...anciosa pelo proximo... bjos
posta mais
Sophia
maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais
amando a web
Obrigada meninas!! Com todo essa força que recebemos de vcs, vão ter cada vez mais tenho certeza! Infinitamente obrigada pelos comentários! Beijos, muitos beijos!
super curiosa pelo proximo capitulo
+++++++++++++++++++++++++++++++++++
++++++++++++++++++++++++++++
Postaa Maiiis por favor :(
coitada da alice faz ela aparecer logo,por favor!
Postar um comentário